Lubango – O vigário-geral da Arquidiocese do Lubango, padre Maurício Kapembe, defendeu hoje, terça-feira, nesta cidade, a necessidade do reforço do diálogo junto dos casais, para evitar distorção no pensamento que pode desestruturar famílias, principalmente afectando crianças.
O padre rezava a homilia que marcou o dia de Nossa Senhora do Monte, o ponto alto das celebrações dos 121 anos das Festas do Lubango, considerou que a falta de comunicação e respeito entre os cônjuges, provoca consequências e a maior delas a o desfasamento de lares.
Segundo o sacerdote, nesse capítulo, o silêncio é outro ponto de atenção, o acto de escutar sem dizer nada abre precedentes e pode indicar descaso, tédio ou indiferença.
As famílias e a sociedade precisam de inverter este quadro, disse o padre, que acrescentou que é por meio do diálogo que se cultiva a essência do casamento.
A par de outras províncias do país, notou, o Lubango, também é palco de vários problemas conjugais, pelo que se traduz no abandono de muitas crianças nas ruas, coisa quer se deve resolver na base de um diálogo permanente e salutar.
O evento religioso teve a presença da vice-governadora da Huíla para o sector político, social e económico, Maria João Chipalavela, juntou mais de 15 mil fiéis católicos, cuja missa foi antecedida com a procissão automóvel que iniciou na Se Catedral até à Capelinha da Senhora do Monte num percurso de cinco quilómetros.
A primeira missa campal foi naquele local celebrada a 15 de Agosto de 1902, ainda com a capela em construção. A partir do ano seguinte (1903), a população do Lubango passou a dirigir-se à capela para celebrar a romaria que se tornou tradicional, mas as obras só terminaram em 1921. JT/MS