Viana – Trezentos e 14 crianças, com idades compreendidas entre 5 e 15 anos, se perderam em 2023 no município de Viana, em Luanda, mais 82 em relação ao ano 2022.
Outras 22 crianças foram abandonadas, na circunscrição.
A informação foi prestada esta quarta-feira, em Luanda, pela directora municipal da Acção Social, Promoção da Mulher e Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Marta Gola.
Em entrevista à ANGOP, a responsável disse que dos perdidos, 194 são do sexo masculino e 120 feminino.
Explicou que estes casos acontecem devido ao desemprego dos progenitores, violência doméstica, falta de prestação de alimentos, acusação de feitiçaria, entre outros factores.
Referiu que para salvaguardar a integridade das crianças, a Acção Social e a Polícia procedem a recolha dos petizes e inserem em lares e centros de acolhimento do município, que actualmente controlam 998 crianças.
Marta Gola salientou que para a sua reinserção à sociedade, muitas das crianças são inseridas em famílias substitutas na comunidade.
Adiantou que em 2023, dez petizes foram entregues a estas famílias, mais seis que no ano anterior, enquanto as perdidas voltam às suas famílias num processo de reunificação.
Explicou ainda que as famílias substitutas na comunidade, num total de 134 no município, passam por um processo administrativo que envolve o Tribunal de Menor.
Para mitigar este fenómeno, a Acção Social realiza palestras de sensibilização sobre os direitos das crianças e incentiva a cultura de denúncias nas igrejas, escolas e comissões de moradores. AA/HDC/OHA