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Viana na nova divisão político-administrativa

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  • Luanda • Sábado, 25 Janeiro de 2025 | 19h13
Rua do Cemitério de Viana
Rua do Cemitério de Viana
Alberto Julião - ANGOP

Luanda – De uma extensão territorial de 615 quilómetros quadrados e uma cobertura escolar de 153 estabelecimentos de ensino públicos, o município de Viana passou para apenas 100 km2 de área e 52 escolas públicas na nova divisão político-administrativa em vigor em todo o país.

Por Hilária Cassule, Jornalista da ANGOP

No plano sanitário, o município ficou reduzido a oito unidades contra as anteriores 25, depois de “ceder” o grosso das estruturas do sector à nova província do Icolo e Bengo e uma outra parte ao recém-criado município dos Mulenvos.

Segundo o administrador municipal, Demétrio de Sepúlveda, agora os desafios são enormes nos dois sectores que vão obrigar a esforços redobrados para colmatar o vazio deixado pelas infra-estruturas que deixaram de pertencer à Viana para fazer parte do Icolo e Bengo e dos Mulenvos com os quais faz fronteira.

Em declarações à ANGOP, no quadro dos 449 anos da cidade de Luanda, assinalados este sábado, 25 de Janeiro, o administrador ressalvou, todavia, que a realidade do município  é positiva, atendendo à existência de uma série de empresas e indústrias que funcionam num espaço territorial anteriormente vasto e agora reduzido a 100 quilómetros quadrados.

Para o responsável, a oferta e a facilitação dos serviços em Viana é positiva, embora o grande problema seja o custo de vida que é alto, num município que “quase não dorme”, e onde a actividade comercial e nocturna é intensa e com muitas oportunidades.

Daí que os investidores venham à Viana que também tem o maior centro empregador, concretamente a Cidade da China, com cerca de cinco mil empregos directos e outros indirectos, disse.

Enquanto isso, o Pólo Industrial de Viana (PIV) é uma zona de desenvolvimento de projectos industriais que ocupa uma área total de 2.350 hectares, com um perímetro composto por três zonas em desenvolvimento, num total de 846 lotes.

Trata-se, designadamente, da ZONA A, da ZONA B e da ZONA C, onde operam mais de 500 empresas que conseguem fazer muitas realizações com base em recursos próprios.

Arrecadação de receitas

Demétrio de Sepúlveda explicou que, inicialmente, as receitas arrecadas em Viana resultavam essencialmente de multas, situação que começou a reverter-se quando se passou a fazer com que os munícipes pagassem as suas taxas e emolumentos voluntariamente com firmeza e rigor no acompanhamento de cada acção.

Toda a actividade que gera receita tem de ser registada e controlada e o Programa de Reordenamento do Comércio  (PRC) permitiu que mais empresas e funcionários fossem registados.

“Qualquer actividade comercial que gera receita e seja legal, nós vamos lá buscar receitas”, disse, acrescentando que também se busca receitas na publicidade, na prestação de serviço e na emissão de documentos.

Com a extinção dos distritos, prosseguiu, todas as receitas são concentradas na administração municipal sede.

Drenagem e vias de acesso

O administrador explicou que, no âmbito do Programa de Intervenção de infra-estruturas de Luanda (PIL), este ano as atenções estarão viradas para as vias do Kikuxi em toda a sua extensão, enquanto o programa de drenagem em curso  vai melhorar as condições da Estalagem, do Projecto Morar (Luanda Sul) e do Kikuxi.

Neste momento, afirmou, decorrem obras de macrodrenagem que vão desafogar Viana, encaminhando as águas até ao rio Cambambe, através da vala que está a ser construída na avenida Luther Rescova, em direcção ao Calemba II.

Explicou que, com a recente visita do governador de Luanda, Luís Nunes, ficou a garantia de o empreiteiro concluir as obras da rua da Suave em seis meses e procedeu-se ao anúncio da reabilitação da estrada que liga a Vila de Viana ao Zango, numa extensão de cinco quilómetros.

A rua da suave é uma importante via com três quilómetros e meio que liga a Estrada Nacional 230 à avenida Luther Rescova.

Acrescentou que outra via em reabilitação é Suave/Kimbangu, que irá facilitar o trânsito com a zona Sul de Luanda pelo município do Kilamba Kiaxi, assim como a rua Beto Carneiro, que dá acesso ao mercado da Estalagem. 

Vandalização

Segundo Demétrio de Sepúlveda, a vandalização de bens públicos é preocupante, porquanto muitas vias ficam sem iluminação pública devido ao roubo de cabos e obstrução de postos de transformação de energia.

Adiantou que existe um esforço para repor a iluminação pública na vila sede, na Estalagem, no Kikuxi e ao longo da avenida Luther Rescova, para desta forma ajudar na segurança pública.

Além da energia, outro sector que sofre com a vandalização são os jardins e as tampas das sarjetas.

“Indivíduos há que arrancam as árvores plantadas, fazendo do jardim e canteiros espaços para dormir”, disse o administrador, tendo exortado os munícipes à preservação dos bens públicos.

Acrescentou que também são vandalizadas as placas de sinalização de trânsito e da toponímia, uma acção que já é conhecimento da Polícia e da Fiscalização.

Pedonais

Viana tem ao longo da avenida Deolinda Rodrigues oito pedonais e contará com mais quatro, nos próximos tempos, em zonas consideradas críticas, entre as quais via expressa, a robaldina e o supermercado Angomart, para aliviar a população.

Demétrio de Sepúlveda disse que existe um programa de colocação e manutenção de pedonais que está a ser levado a cabo juntamente com o Governo Provincial de Luanda e o Instituto de Estradas de Angola (INEA), para facilitar o tráfego até ao novo aeroporto internacional António Agostinho Neto.

Quanto às câmaras de vigilância, salientou, sem precisar números, que existem algumas nas principais vias do município, notando que o que não existe são os semáforos.

O actual território de Viana começa do Km 9 do Grafanil e vai até ao viaduto da Fidel Castro, seguindo em direcção ao município do Kilamba até Sapú, entre a Bita Vacaria e a avenida Luther Rescova.

A cidade de Luanda foi fundada por Paulo Dias de Novais, na sequência da chegada à região de uma armada de Lisboa, que transportava várias centenas de homens, entre soldados, mercadores e missionários.

A armada chegou à ilha de Luanda em 1576 e Paulo Dias de Novais, após reconhecimento do terreno, decidiu criar um núcleo permanente, a que deu o nome de São Paulo de Loanda. HDC/OHA/IZ





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