Luanda – O seminário sobre a “utilização correcta dos símbolos nacionais e da logomarca do Governo de Angola”, promovido pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, dominou o noticiário social da semana que hoje, sábado, termina.
No evento, realizado no Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, destacou a importância do uso correcto dos símbolos nacionais e da logomarca do Governo angolano.
Segundo o ministro, estes são elementos essenciais de diferenciação que permitem a identificação e ilustração da República de Angola, quer interna como externamente.
Na sua intervenção, o governante disse que os profissionais de comunicação jogam um papel fundamental e têm responsabilidades acrescidas no uso correcto dos símbolos e da logomarca.
“É dever destes, no quadro das suas atribuições regulamentares, garantir e conformar a utilização correcta dos símbolos nacionais e da logomarca nas instituições em que estão vinculados”, explicou.
Outro destaque foi o anúncio da realização de cerca de um milhão e 400 mil ligações domiciliar para abastecimento de água potável, até ao ano 2027, em todo o país, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN2022/2027), feito pelo secretário de Estado para Águas, António Belsa da Costa.
A informação foi avançada, em Luanda, durante a 29ª sessão temática do “Comunicar por Angola”, programa implementado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS).
Segundo o responsável, a província de Luanda vai beneficiar de cerca de um milhão de ligações, enquanto às outras 17 províncias terão cerca de 400 mil ligações.
O secretário avançou que estes números têm como base o desenvolvimento do Programa de Expansão e Modernização do Sector das Águas, fruto da implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional 2022/2027.
Nesta semana, o secretário de Estado para a Educação Pré-Escolar, Pacheco Francisco, disse que setecentas e cinquenta milhões de pessoas ainda vivem em situação de analfabetismo, ao redor do mundo.
O governante falava no âmbito do Dia Mundial do Analfabetismo, assinalado a 8 de Setembro, tendo referido que o analfabetismo incide maioritariamente nas mulheres.
Fazendo recurso aos dados do último censo geral da população e habitação, realizado em 2014, disse que em Angola estima-se que 24 por cento da população ainda vive no analfabetismo.
Precisou que, de 1966 a 2024, o mundo todo tem se empenhado na luta contra o analfabetismo, como forma de combater à pobreza e garantir o Direito Universal à Educação.
O anúncio de que Angola precisa de 36 mil novos enfermeiros, para garantir um atendimento mais humanizado nas unidades hospitalares no país, foi outro destaque.
A necessidade foi apresentada pelo bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA), Eduardo Elombo Caiangula, durante as IV jornadas Científicas do hospital de referência Dr. Walter Strangway.
O bastonário sublinhou que a ORDENFA controla mais de 149 mil enfermeiros, destes 49 mil trabalham no sector público e mais de 100 mil nas áreas militar, para-militar, privado, assim como aqueles formados e sem desempenhar a profissão.
Eduardo Elombo Caiangula reconheceu o esforço do Executivo angolano na empregabilidade, mas, ainda assim, exortou para o ingresso de mais enfermeiros, visando garantir serviços dignos nos hospitais do país, mormente nas zonas de difícil acesso.
Mereceu também destaque o anúncio do registo de dez mil e 417 casos de doenças mentais, na província de Luanda, durante o primeiro semestre do corrente ano.
Desse número, 1.678 apresentaram transtornos de humor, segundo o coordenador provincial do Programa Saúde Mental, Sebastião André, que falava durante uma conferência enquadrada no Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, sob o lema “mudando a narrativa sobre o suicídio”.
A referida conferência realizou-se em Luanda, com a participação do governador da província, Manuel Homem, para quem o suicídio constitui uma das principais causas de morte no mundo, principalmente entre adolescentes e adultos.
Apontou como causa dos suicídios os transtrornos psicológicos, uso de drogas, entre outros factores.
Ainda nesta semana, a coordenadora residente das Nações Unidas (ONU) em Angola, Zahira Virani, reafirmou o compromisso desta organização internacional de apoiar o Governo angolano nas acções ligadas à promoção das mulheres, para fomentar a paz e a segurança.
A coordenadora falava na sessão de capacitação do grupo intersectorial sobre o plano de acção nacional de 2° geração para mulheres, paz e segurança, realizada em Luanda.
Zahira Virani disse que as Nações Unidas pretendem dar total apoio ao Governo nas iniciativas que envolvem as mulheres.
"No próximo ano (2025), as Nações Unidas vão celebrar os 50 anos da resolução 13/25 ligada à mulher, paz e segurança, de forma a promover a paz e segurança", frisou a diplomata.
Sobre a implementação das resoluções do Conselho de Segurança relacionadas às mulheres, paz e segurança, disse que a sua responsabilidade cabe principalmente aos Estados-Membros e ao sistema das Nações Unidas, em parceria com organizações da sociedade civil e instituições de segurança internacionais e regionais.
Na ocasião, a secretária de Estado para Família e Promoção da Mulher, Alcina Kindanda, enfatizou que esta acção formativa sobre a resolução 13/2025 da ONU relacionada com a mulher, paz e segurança, visa dar resposta ao compromisso que Angola assumiu com a sua implementação.
Avançou que em termos de propostas, para esse novo ciclo de formação, Angola traz a revisão da Lei da Violência Doméstica, vigente há mais de 20 anos, e que não se adequa ao novo Código Penal, entre outras realidades.
Acrescentou que traz igualmente o combate à violência doméstica, empoderamento das mulheres e raparigas, entre outras propostas. OHA
