Luanda - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a operadora de telefonia móvel Unitel reforçaram o pacto de protecção das crianças, com a assinatura, nesta terça-feira, de um acordo de parceria denominada 'Internet que kuia".
A plataforma digital disponibiliza informações sobre protecção e desenvolvimento da criança, garantindo aos clientes da rede da Unitel o acesso gratuíto a plataforma de Internet of Good Thinks lançada em 2015, adaptada em 2018 para Angola como Internet que kuia.
Trata-se de um conjunto de conteúdos sobre vários aspectos dos Direitos da Criança, desenvolvidos e adaptados para o telemóvel e disponíveis de forma gratuita para qualquer tipo de aparelho.
“Os tópicos ou conteúdos da plataforma Internet que kuia a que estas pessoa têm acesso, incluem informações sobre saúde materno infantil, higiene, emergência de saúde Covid-19, pólio, cólera e outras. Traz também conteúdos relacionados com a saúde sexual dos adolescentes, conselhos sobre segurança na internet bem como paternidade e maternidade responsável”, reforçou.
Por meio desta iniciativa, segundo a representante do UNICEF do UNICEF em Angola, Ivan Yerovi, se pretende reduzir o fosso digital e, por outro lado, contribuir para uma sociedade com mais acesso ao conhecimento e a informação.
Conforme a responsavel, em muitos países a plataforma está a ajudar as comunidades e os trabalhadores da linha da frente como enfermeiros, agentes comunitários, professores, a acederem a de maneira rápida e a partir de zonas recônditas, à conteúdos educativos e informações que salvam vidas.
O UNICEF, adiantou, ao disponibilizar esta plataforma quer de certa forma contribuir na redução do fosso digital existente em muitos países e assegurar o acesso a informação que salvam vidas de crianças.
Até a data mais de 30 milhões de utilizadores acederam a plataforma em todo o mundo desde o seu lançamento em 2015.
Em Angola, desde o início do ano, mais de 90 mil pessoas visitaram a página, tendo o maior número de visitas ocorrido em Março e Abril, com a maioria dos utilizadores a procurarem informações sobre a Covid-19.
Os dados indicam que em cerca 60 países a plataforma é acedida sem que se cobre saldo de dados e o conteúdo da plataforma já foi disponibilizado em 13 línguas. Existem mais de 88 sites da plataforma em vários países e cerca de 91 operadores moveis a apoiar o acesso livre sem custo à plataforma.
“Acreditamos que o acesso à informação é um determinante importante para a realização dos direitos humanos, uma vez que esta permite a tomada de decisões melhor informadas relacionadas à várias áreas da vida humana, quer seja a saúde, finanças educação e outras”, frisou.
Avança que a falta de acesso à informação é um grande inibidor do crescimento e do desenvolvimento.