Luanda – As acções do Estado angolano e parceiros têm transformado a vida das crianças, apesar dos desafios sociais e económicos, afirmou, esta segunda-feira, o representante da UNICEF em Angola, Antero de Pina.
Num comunicado enviada à ANGOP, no quadro da celebração do 34º aniversario da Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), que hoje se assinala, destacou o lançamento da Estratégia de Combate e Prevenção da gravidez precoce, o reforço da municipalização dos 11 Compromissos com a Criança e o investimento no reforço da vacinação de rotina.
Apontou tambem a implementaçao dos programas de Protecção Social,
No seu entender, são acções de extrema importância por serem intervenções com potencial impacto na vida das crianças, principalmente se forem associadas ao investimento noutras áreas chave.
Referiu que em Angola, as projecções demográficas para 2023 indicam a existência de mais de 18 milhões de crianças, o que corresponde a cerca de 56% do total da população.
Deste modo, implica mais de 18 milhões de oportunidades a serem criadas, mais de 18 milhões de necessidades a serem supridas e anseios a serem geridos, crianças a serem protegidas contra todas as formas de violência e um grande número de petizes que precisam ter todos os seus direitos realizados.
O documento expressa que a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança ajudou a transformar a vida das crianças em todo o mundo. No entanto, o mundo continua a falhar com milhões de crianças.
A CDC celebra-se numa altura em que as crianças e as famílias se debatem com o impacto dos conflitos, da violência, das alterações climáticas, instabilidades económicas e outras emergências que constituem um desafio para a sua materialização.
Espelha que estas emergências colocam em perigo o futuro das crianças em todo o mundo e colocam em risco crescente os direitos das crianças à saúde, à nutrição, educação, protecção e à água potável.
“Todas estas crises estão a roubar às crianças de todo o mundo as suas vidas e o seu futuro, tornando-se numa verdadeira crise dos direitos da criança”, acrescenta o Representante do UNICEF.
Nesse contexto o UNICEF considera urgente o cumprimento o que nos comprometemos fazer pelas crianças; assegurar a protecção de cada criança desde o seio familiar; empreender parcerias e prover os recursos necessários para a materialização de cada direito.
Apelou os Estados, a sociedade, as famílias, a fazerem tudo o que estiver ao alcance de todos e de cada um para não se falhar com as crianças.
“Qualquer falha com as crianças de hoje levará a um atraso na eliminação de uma série de desigualdades e estaremos a reduzir as chances de sociedades mais prósperas”, afirmou.
Felicitou as instituições e pessoas que não medem esforços para continuar a fazer da criança uma prioridade absoluta, onde quer que ela esteja, assegurando que tenha todos os serviços essenciais para o desenvolvimento de todo o seu potencial. MGM/ART