Talatona – O representante do UNICEF em Angola, Antero Almeida de Pina, reafirmou, nesta quarta-feira, em Luanda, o compromisso do órgão em defender as promessas da Convenção sobre os Direitos da Criança, garantindo que todas tenham oportunidade de crescer em segurança, com educação e saúde.
O responsável que falava na abertura da Conferência alusiva aos 35 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, sublinhou que o UNICEF continua firme na sua parceria com o Governo de Angola e está empenhado em garantir que as oportunidade da criança sejam salvaguardadas.
"Estamos aqui por vocês e não vamos parar até que todas as crianças, em todos os cantos desta Nação, beneficiem dos seus plenos direitos ao abrigo da Convenção sobre os Direitos das Crianças",citou.
O representante considerou que Angola, enquanto membro signatário, tem feito progressos "tremendos" ao longo dos anos, designadamente no reforço do sistema educativo, no alargamento no acesso aos cuidados de saúde e no combate à violência contra os menores.
Apesar dos avanços registados, Antero Pina defende a necessidade de se continuar a trabalhar em conjunto, para que mais crianças tenham acesso a uma educação de qualidade, cuidados de saúde, registo de nascimento, água potável e alimentos nutritivos.
“ Os conflitos armados, as alterações climáticas e as dificuldades económicas continuam a agravar as vulnerabilidades, especialmente para as raparigas e crianças que vivem em comunidades rurais, ”referiu.
Disse ser urgente priorizar a educação inclusiva, concedendo desta forma às crianças angolanas o direito de aprender e prosperar, independentemente do género, capacidade ou origem, tornando as escolas em refúgios seguros, onde os pequenos são capacitadas para atingir o seu pleno potencial.
É crucial reforçar os sistemas de saúde, de acordo com o responsável, para que nenhuma criança morra de doenças evitáveis. Os investimentos em programas de vacinação, nutrição e cuidados maternos são para o futuro da Nação.
Neste contexto, Antero Pina afirma ser uma obrigação moral e legal proteger as crianças da violência e da exploração, acabar com práticas como o casamento, o tráfico e o abuso de crianças.
No entender do representante, os menores deve ser ouvidos, os jovens devem ser envolvidos em processos de tomada de decisões, garantindo que as políticas implementadas reflectam as suas esperanças, sonhos e aspirações.
A secretária de estado para a Família e Promoção da Mulher, Alcina Lopes Kindanda, considerou que actualmente a situação da criança no país, exige uma contínua acção urgente, coordenada por todos os actores responsáveis pela garantia da protecção e desenvolvimento do menor, por via da materialização dos seus direitos consagrados na constituição da república de Angola.
A governante explica que a adpção da convenção, selou os princípios proclamados na carta das Nações Unidas, que dá relevância à tarefa de preparar a criança para viver uma vida individual na sociedade e ser educada no espirito de paz, dignidade, tolerância e liberdade.
Reforçou a obrigatoriedade do estado garantir uma protecção especial á criança.
A celebração dos trinta e cinco anos da Convenção coincide com o lançamento do Relatório Global sobre a Situação da Criança 2024, intitulado “A Situação Mundial da Infância 2024: O Futuro da Infância num Mundo em Mudança”. MAG
