Luanda – O Comissário para os Assuntos Políticos, da Paz e Segurança da União Africana, Bankole Adeoye, elogiou, esta quarta-feira, o contributo da mulher angolana no processo de pacificação, reconstrução e construção do país e de desenvolvimento e inclusão social dos mais vulneráveis.
Durante uma audiência com a ministra de Estado para a Área Socila, Carolina Cerqueira, as duas entidades abordaram, entre outras questões, a contribuição da mulher no processo de promoção da cultura de paz, de negociações e observação eleitoral, defesa das mulheres vítimas de abusos sexuais, de tráfico humano, bem como a integração e inclusão dos refugiados da RDCongo que se encontram assentados na província da Lunda Norte.
Falando à imprensa, Bankole Adeoye adiantou que a mulher angolana é um exemplo a seguir, tendo em conta a sua participação activa nos mais variados domínios da vida política, social e económica em Angola.
Bankole Adeoye considera Angola como campeã natural da cultura de paz e com muita experiência para transmitir aos demais países africanos.
O comissário manifestou a disponibilidade da UA trabalhar com Angola e com as mulheres angolanas, tendo em conta a experiência, nos processos de integração, protecção e inclusão social dos mais vulneráveis.
Por seu turno, a ministra Carolina Cerqueira disse ter aproveitado a oportunidade para transmitir ao responsável da UA informações sobre o papel da mulher angolana nos vários domínios da vida nacional, com particular realce para a sua contribuição e participação activa nos processos de integração, protecção e inclusão social dos mais vulneráveis.
“Aproveitamos a oportunidade para situar o comissário sobre a importância da mulher angolana no processo da cultural da paz. Por ser a capital da paz no continente africano, passamos ao comissário informações sobre os projectos e a visão de Angola em relação à paz, como forma de segurança, estabilidade e, essencialmente, de desenvolvimento duradoiro e o papel na assistência social dos mais vulneráveis”, reforçou a ministra.
Carolina Cerqueira fez referência aos programas e projectos implementados pelo Executivo angolano na vertente social, principalmente os da assistência social-Kwenda, combate à pobreza e da seca, que têm contribuído para a mitigação das carências sociais e a manutenção da paz social nas famílias.
A ministra adiantou que a mulher joga um papel importante no processo da acultura de paz e na defesa da estabilidade social das famílias.
Conforme a ministra, no país, 28 por cento dos membros do governo são mulheres, sendo 8 mulheres ministras e uma ministra de Estado, enquanto no poder judicial há uma Provedora da Justiça, uma presidente do Tribunal Constitucional e a presidente do Tribunal de Contas.
Em relação aos refugiados, Carolina Cerqueira deu a conhecer que as acções promovidas pelo Executivo angolano estão viradas para a vertente social, particularmente na inclusão das crianças e adolescentes no sistema do ensino angolano, e dos adultos no processo produtivo.
No quadro das acções de promoção e valorização das mulheres, Carolina Cerqueira solicitou a inclusão das mulheres angolanas na Rede de Mulheres Africanas pela Paz como observadoras, mediadoras e defensoras das mulheres vítimas dos conflitos, do tráfico humano, abusos sexuais.
Já a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, aproveitou a ocasião para dar a conhecer os programas implementados no âmbito do combate à violência doméstica e violações sexuais, integração e inclusão dos refugiados.
Faustina Alves afirmou que a prioridade dos programas assenta, principalmente, na protecção de crianças e das jovens mulheres.
A governante afirmou que o país está aberto para as iniciativas que se destinam a promoção e valorização da mulher na sociedade.
O encontro contou também com a presença do representante de Angola na União Africana, entre outros.