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Factores que levam à impotência sexual em análise no Lobito

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  • Benguela • Quinta, 20 Março de 2025 | 05h38
Funcionários do Porto do Lobito (Arquivo)
Funcionários do Porto do Lobito (Arquivo)
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Lobito - As doenças cardiovasculares, problemas hormonais, uso de alguns medicamentos, ansiedade e o stress são alguns factores que têm contribuido para o surgimento de impotência sexual, afirmou, esta quarta-feira, no Lobito (Benguela), a docente universitária Cipriana Calenga.

Esse pronunciamento foi feito à imprensa, à margem de uma palestra sobre o impacto da impotência sexual na vida familiar e profissional, realizada pelo Porto do Lobito, por ocasião do Dia do Pai, celebrado a 19 de Março.


De acordo com Cipriana Calenga, este é um tema sensível para o homem, que é visto como o “garanhão e chefe da família”.


Defendeu que  aspectos biológicos e emocionais podem estar na base desta disfunção e que todos esses problemas afligem a mente do homem, que de alguma forma vem condicionar a sua performance exigível em termos de leito com a sua parceira.


“Como consequência, o homem pode deixar de comunicar a situação que ele está a viver de uma forma  aberta com a sua parceira e vai haver esfriamento da relação, afastamento dentro da relação, sem uma comunicação empática e acertiva”, esclareceu.


Cipriana Calenga aconselha o homem nesta condição a procurar um urologista ou um psico-terapeuta para o devido encaminhamento e tratamento.


Por sua vez, Sofia Ribeiro, outra prelectora, falou da falta de coragem dos homens para procurar tratamento. “Temos uma cultura em que o homem é identificado como tal, a partir da sua sexualidade”.


Explicou que, quando um homem africano tem a sexualidade comprometida, a sua esfera emotiva e psicológica decai claramente num nível muito acentuado.


“A coragem de manifestar que está a viver este problema é muito difícil de conseguir porque a sociedade não vê como uma situação que pode ser resolvida. Eles, por sua vez, não vão aos consultórios e têm comportamentos defensivos, tais como agredir as pessoas próximas, levar esses traumas para os locais de serviço, começa a desconfiança e o ciúme, que o deixa cada vez mais perturbado", afirmou.


Atribuiu essa situação a muitos factores sociais, como a cobrança excessiva do mercado de trabalho, o abuso sexual, o consumo de álcool, o tabagismo e estimulantes que existem no mercado. 
“Hoje por exemplo, há homens com menos de 30 anos que já apresentam essas problemas numa proporção muito grande, por causa do estilo de vida”, afirmou.


Já o  administrador para a área técnica e segurança do Porto do Lobito, Joaquim Sobrinho, defendeu que os níveis de produtividade numa empresa só se alcançam se os seus homens forem saudáveis.

"Daí que a saúde reprodutiva é um dos elementos fundamentais para que os homens se sintam capazes de realizar as suas missões e o cumprimento do dever", considerou.


Na sua opinião, a palestra correspondeu à expectativa porque as prelectoras foram capazes de ir buscar a origem do problema e apresentar a solução. TC/CRB 



 





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