Lubango - O grupo de mulheres parlamentares angolanas está preocupado com a “elevada” taxa de gravidez em adolescentes no país, cuja cifra se fixa em 163 nascimentos por cada mil meninas entre os 15 e 19 anos de idade, segundo dados das Nações Unidas.
Falando numa palestra sobre “o papel da família na prevenção do abuso sexual e da gravidez precoce”, no quadro da Jornada Março-Mulher, a presidente do grupo de mulheres parlamentares da Assembleia Nacional, Teresa Adelina da Silva Neto, disse que as estatísticas apontam que 37 por cento das raparigas entre 15 e 19 anos de idade tiveram uma primeira gravidez e abandonaram a escola.
Frisou que a gravidez na adolescência mostra possíveis falhas na prevenção de âmbito social, pessoal e familiar.
A nível social, segundo a parlamentar, há défice nos programas de educação sexual, pois não mostram de modo claro e convincente como iniciar e usufruir com segurança da experiência da sexualidade.
Quanto a nível pessoal, Teresa Neto sinalizou que a falta de conhecimentos em relação aos seus próprios valores e sentimentos, a fraca relação familiar entre pais e filhas têm produzido consequências negativas no desenvolvimento psicológico destas.
É com base nessas preocupações e com vista a contribuir com esforço de ver melhorada a situação, que o Grupo criou um plano anual em que se incluem as palestras, para promover a consciencialização sobre os direitos das mulheres e destacar o papel da família na prevenção dos abusos sexuais e gravidez precoce.
Além da Huíla, o grupo de mulheres parlamentares esteve na província de Malanje, Benguela e Namibe. MS