Ndalatando - Uma centena de cidadãos de vários estratos da sociedade no Cuanza- Norte participaram, neste domingo, de uma marcha de repúdio contra a criminalidade, sobretudo, o assassinato de anciãs em áreas de produção agrícola e vandalização de bens públicos.
A marcha, promovida pela Comissão Inter Eclesial do Cuanza-Norte (CIECN), foi marcada por mensagens de repúdio contra a vandalização de bens públicos e de união para o combate à criminalidade que afecta a província, sobretudo, o fim do assassinato de anciãs em áreas agrícolas.
De acordo com o Governo da Província, há relatos de 17 mortes, mas o Comando Provincial da Polícia Nacional tem o registo de 10 óbitos.
Na ocasião, o presidente do CIECN, Gaspar Armando, repudiou a morte das anciãs e a vandalização de bens públicos como males que afectam a província do Cuanza- Norte e pediu a união dos cristãos para o reforço da oração em prol da inversão do actual quadro.
Defendeu, também, a união de todos os ciclos da sociedade para elevação da moral e despertar a consciência colectiva para a necessidade de cuidado dos bens públicos, abstenção de práticas que lesam a ordem e afectam a vida, como bem supremo.
O presidente da CIECNa apelou ao trabalho profundo e conjunto dos órgãos afins para o esclarecimento destes casos e acabar com a violência, pelo facto de estar a instalar pânico nas comunidades que têm a actividade de campo como principal meio de sustento.
Por seu turno, o presidente do Conselho Provincial da Juventude (CPJ), Gaspar Faustino, defendeu maior moralização e trabalho profundo com os jovens, por representar a franja mais envolvida em práticas criminosas na província.
Instou os jovens que aproveitem as oportunidades de formação académica e profissional disponibilizadas pelo Governo, como forma de auto-afirmação na sociedade, promoção do próprio negócio e participação activa nas acções de desenvolvimento da província e do país, em geral.
A marcha, com um percurso de cerca de três quilómetros, partiu do Largo das Escolas e para o do 1° de Maio, no centro da cidade de Ndalatando. Contou com a participação de entidades do Governo Provincial, líderes e fiéis de várias igrejas, funcionários públicos e cidadãos de vários estratos sociais. LJ/IMA/YD