Luanda - O número de mortes do naufrágio de uma embarcação de pesca, ocorrido sábado, na Ilha do Cabo, em Luanda, subiu para seis, este domingo, informou o comandante provincial dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, Hermínio Cazucuto.
Em declarações à imprensa, o responsável diz tratar-se de mais duas senhoras, com idades compreendidas entre 30 e 45 anos, cujos corpos se encontravam entre as redes da embarcação.
“A embarcação era de pesca e não se adequava ao transporte de mais do que 10 passageiros ou tripulantes”, esclareceu.
O comissário-bombeiro admite serem “muito diminutas” as probabilidades de se encontrar mais pessoas com vida, porque, de acordo com os especialistas nadadores salvadores, já tinha sido feito o resgate dos indivíduos que estavam na bolsa de ar criada no porão.
“Nós ainda não declaramos as buscas como terminadas. Continuamos a fazer o trabalho no barco, continuamos a fazer a recolha da rede e só depois nós vamos ver no final qual será o resultado”, acrescentou.
A mesma embarcação foi já retirada do local e levada para um outro mais seguro, afim de possibilitar os trabalhos de buscas das equipas de socorro, explicou.
A respeito da retirada da embarcação, a fonte fez saber que a Agência Marítima Nacional e a Capitania do Porto de Luanda vão decidir, com o proprietário, que tratamento dar.
Sublinhou que o foco, neste momento, é a busca de sobreviventes ou de cadáveres para serem entregues às famílias.
Apelou aos indivíduos, que desejarem se fazer ao mar para qualquer actividade, a seguirem os conselhos legais das autoridades, a começar pelo colete de salva-vidas e aos proprietários a não excederem a lotação das embarcações, bem como a não fazerem manobras perigosas.
Ministro do Interior acompanha buscas
o ministro do Interior, Manuel Homem, constatou a prontidão dos efectivos no sentido de garantirem os trabalhos para minimizar a tragédia.
Em declarações à imprensa, o governante garantiu ter sido mobilizado um número elevado de profissionais para buscas, além de se solidarizar com as famílias que perderam ente queridos no naufrágio.
Reiterou o apelo aos cidadãos, no sentido de estarem sempre em coordenação com todos os órgãos do sistema de segurança nacional, ao realizarem actividades no mar, para permitir que exista uma melhor fiscalização e acompanhamento.
Por seu turno, o bispo auxiliar da Arquidiocese de Luanda, Dom Fernando Francisco, fez menção de que, segundo os depoimentos, as procissões são, geralmente, coordenadas com as autoridades e todos aderem nestas condições.
Ressaltou que por se tratar de um acto público, outros indivíduos participam e em consequência desta adesão de outrem resultou no incidente.
Pediu aos fiéis da igreja a fazerem com que estes momentos, sejam verdadeiramente momentos de fé, contrariamente aos relatos o tripulante da embarcação havia realizado manobras perigosas para descontração. CPM/SEC