Cuito – A Associação Angolana das Autoridades Tradicionais (ASSAT) pretende acabar com os novos aglomerados populacionais bem como valorizar os bairros históricos, para acabar com o "fenómeno sobas sem povo", de forma a repor a ordem nas comunidades.
A pretensão foi manifestada pelo presidente da ASSAT, Virgílio Mendes Jorge, que falava, neste sábado, durante a tomada de posse do novo corpo directivo desta associação no Bié, eleito há dois meses.
Virgílio Jorge explicou que, actualmente, em vários pontos do país, com realce no meio rural, muitas famílias estão a desintegrar-se das suas aldeias para criarem pequenos aglomerados, onde escolhem um mais velho como soba, para que possa receber apoio do Governo.
“Este fenómeno tem os dias contados”, alertou o presidente da ASSAT, acrescentando que os sobas não devem se preocupar muito com a questão dos subsídios, mas sim com o papel de orientador das populações e servir de elo com as autoridades administrativas.
Referiu que a ASSAT tem ainda como pretensão cuidar da figura dos líderes tradicionais, de acordo com a realidade de cada região.
A direcção da ASSAT no Bié está composta por 13 membros, sendo Fernando Sachindulo representante provincial, enquanto António Sangueve e Fernando Cândido irão desempenhar as funções de representante provincial adjunto e secretário, respectivamente. AS/PLB