Luanda - O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) advertiu, este sábado, que poderá avançar para uma greve geral, se as empresas públicas de comunicação social não implementarem, em dois meses, os seus qualificadores profissionais.
Segundo o secretário-geral do SJA, Teixeira Cândido, que falava após a sua reeleição no cargo, já foi remetido um memorando aos quatro órgãos de comunicação social públicos (TPA, RNA, ANGOP e Edições Novembro).
Conforme o sindicalista, um dos pontos do memorando diz respeito à aplicação urgente do qualificador, principal base de um caderno reivindicativo já apresentado às administrações da TPA e da RNA.
Sublinhou que, no caso da ANGOP e das Edições Novembro, não foi apresentado o caderno reinvindicativo, uma vez que já aprovaram os seus qualificadores e só se aguarda pela sua implementação.
Reiterou, entretanto, que as quatro empresas públicas do sector deverão dar esse passo nos próximos dois meses, a fim de se evitar a aludida greve geral.
De acordo com o sindicalista, o SJA, em coordenação com os núcleos sindicais, irá deliberar, oportunamente, sobre o assunto.
"Os memorandos estabelecem como prazo dois meses", referiu Teixeira Cândido, que foi reconduzido este sábado no cargo, durante o VI Congresso, com 44 votos a favor, num total de 113 delegados.
Fundado em Março de 1992, a organização já foi dirigida, entre outros, por Ismael Mateus, Luísa Rogério e o ora reconduzido Teixeira Cândido.
O SJA é uma associação socio-profissional com mais de três mil filiados. Tem como principal executivo o secretário-geral, assistido por um adjunto, um coordenador para as Relações Institucionais e um coordenador para as Finanças.
O seu principal objectivo é defender melhor liberdade de imprensa e condições sociais. É de âmbito nacional.