Lubango – A segurança dos profissionais da comunicação social durante o período eleitoral mereceu esta terça-feira, no Lubango, a reflexão dos partidos políticos, da Polícia Nacional e do Sindicato de Jornalistas Angolanos na província da Huíla.
O encontro foi solicitado pelo Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), para se analisar a melhor forma de se salvagurdar a integridade física e moral da classe jornalística durante o processo eleitoral.
Durante a fase eleitoral, tem sido frequente a hostilização e as agressões verbais e físicas dos jornalistas, pelo que o SJA na Huíla pretende prevenir eventuais agressões por parte de militantes e simpatizantes dos partidos políticos.
O secretário provincial do SJA, Amílcar Silvério Baptista, justificou a realização do encontro com a necessidade de contribuir para um ambiente saudável durante todo o processo eleitoral.
Disse que os jornalistas devem, com responsabilidade, divulgar os factos e não serem alvo de violência física ou verbal, sublinhando que a Huíla quer ser o exemplo nessa sã convivência e olhar o futuro com optimismo.
O primeiro secretário do MPLA na província, Nuno Mahapi, afirmou que a postura de seu partido e dos militantes é de urbanidade, a fim de tornar as eleições numa verdadeira festa da democracia.
“Todo o nosso discurso às nossas bases vai nessa direcção, para que todos participem, respeitando os outros e as suas diferenças, com vista a continuarmos a construir a Nação com todos”, enfatizou.
Por sua vez, o secretário-adjunto da UNITA, na Huíla, Félix Kwenda, felicitou o SJA pela iniciativa e sublinhou que o seu partido defende que se realizem eleições na observância rigorosa das leis e de uma conduta sã de todos envolvidos no processo, pelo que apela para um jornalismo vibrante, democrático e sem filtros.
Na mesma senda, a secretária do PRS, Júlia Kaquene, pediu aos jornalistas mais equilíbrio e igualdade de tratamento, felicitando, igualmente, o Sindicato pela iniciativa.
Na ocasião, o comandante provincial da Polícia Nacional, comissário Divaldo Martins, realçou que a Huíla tem sido um exemplo de convivência na diversidade, com uma actuação equilibrada em todos os momentos.
Os jornalistas, disse o comissário, são os intermediários de todo o processo, pelo que, a semelhança da Polícia, devem agir com isenção.
“Não olhem o jornalista como um adversário, pois não só comete crime aquele que agride o jornalista, mas também o que instiga a violência contra esse profissional”, alertou o comandante, que já foi jornalista da ANGOP.
O encontro, que decorreu na Mediateca do Lubango, juntou jornalistas, polícia, estudantes de comunicação e os partidos MPLA, UNITA e PRS.