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Situação de grupos minoritários requer envolvimento da academia

     Sociedade              
  • Huíla • Quinta, 18 Novembro de 2021 | 16h37
MASFAMU, Faustina Alves
MASFAMU, Faustina Alves
Rosário dos Santos

Lubango – A ministra da Acção Social e Igualdade do Género, Faustina Alves, considerou hoje, quinta-feira, no Lubango (Huíla), que a alteração do quadro preocupante de grupos minoritários no País, passa pelo empenho da sociedade em estudar o problema, com destaque para a academia.

Falando na Conferência Internacional sobre as Comunidades Minoritárias em Angola, sob o lema “Não deixar ninguém para atrás”, que junta 200 participantes de Angola, Namibia, Botswana, Zimbabwe e da África Sul, defendeu que esse estudo deve ser feito sem atropelos ou julgamentos, com vista a encontrar-se formas correctas de inclusão dessa franja.

Realçou que uma  das  tarefas fundamentais do Estado, de acordo com a alínea d) do artigo 21 da Constituição da República, é  promover o bem-estar, igualdade social  e  elevação da qualidade de vida dos angolanos, sobretudo dos grupos desfavorecidos.    

Detalhou que a Conferência é apenas o início de uma “longa jornada” que poderá levá-los a identificar  uma causa que demonstre preocupação,  alinhamento  e complementaridade para  a resolução  e melhoria da  dignidade dessas minorias étnicas.

“Temos consciência que Angola passa por tempos desafiantes do ponto de vista económico, que não será possível atender os inúmeros problemas de  uma só vez, mas decidimos em conformidade com o  nosso lema fazer  de tudo para alcançar esse compromisso”, disse a ministra.

Governo da Huíla quer acervo de grupos minoritários preservado

Já a vice-governadora da Huíla para o sector Político, económico e social, Maria João Chipalavela, defendeu a necessidade  de um maior envolvimento da classe académica na preservação  do acervo cultural, como  património material e imaterial das comunidades minoritárias.

Destacou que para  essa tarefa  são chamados investigadores, sociólogos, antropólogos e   historiadores, a exemplo de estudos feitos no passado pelo Padre Carlos Sterman,  Américo  Cuononoca,  Pedro Castro Maria e  Cagibanga, a respeito dessas comunidades.

Para ela, os académicos e investigadores devem  trazer uma abordagem multidisciplinar,   reconhecendo o valor  dos sociólogos, antropólogos  e muitos outros,   que interpretaram científicamente a história, manifestações,  vivências  e os modelos de vida.

Referiu que em  2018,  o Presidente da República, João Lourenço, na sua visita à Huíla, concedeu uma audiência aos representantes da comunidade SAN, o que contribuiu  para aumentar e desenhar um novo capítulo no processo  de desenvolvimento das comunidades.

A conferência com duração de dois dias é resultado de visitas feitas por equipas multissectoriais do governo e do conselho nacional da acção social, ao longo  dos últimos meses nas províncias da região Sul do Pais, onde  constatou as condições  “difíceis”  em que se encontram essas comunidades.

O certame tem  como  objectivos  encontrar soluções para os problemas dessas  comunidades minoritárias,  entender as  suas reais necessidades e aspirações, mobilizando e engajando todos os actores nacionais e internacionais para os problemas específicos dessas comunidades.

Outro foco é promover a inclusão  paulatina, progressiva e  acautelada  em  diversos projectos, serviços e  programas que concorrem para  salvaguardar os seus direitos e liberdades, estimular parcerias, sinergias e inovações, visando a melhoria das práticas e ofertas de serviços  de qualidade  para o grupo-alvos.





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