Benguela - A população de algumas regiões de Benguela sentiu ligeiramente o sismo de magnitude 4.4 na escala de Richter, registado na noite de terça-feira na província da Huíla, apurou hoje a ANGOP.
O ligeiro abalo sísmico foi sentido durante alguns segundos em vários municípios da província de Benguela, sem danos humanos ou materiais, e teve o epicentro a aproximadamente 31 quilómetros do município de Caluquembe, na província da Huíla.
Em comunicado, o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) informa que o sismo, classe leve, foi registado às 21:15 de terça-feira, 2, nas estações da Rede Sísmica do país.
Este abalo, segundo o INAMET, não causou danos humanos ou materiais.
Ao contrário do sismo, moderado, do dia 5 de Junho deste ano, que também havia abanado vários edifícios na cidade de Benguela e suscitado dezenas de chamadas para o Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola, desta vez, tanto o INEMA como os bombeiros não reportaram quaisquer ocorrências.
Na altura, o susto devido ao sismo, que tinha ocorrido por volta das 9 horas da manhã, sem causar danos materiais, levou dezenas de alunos do Instituto Médio Politécnico Privado Wiliete e transeuntes a desmaiar, na via pública, tendo sido prontamente socorridos pelo INEMA, que havia destacado até oito ambulâncias.
Em declarações esta quarta-feira à ANGOP, o coordenador provincial de Benguela do INEMA, Nani Francisco, adianta que a instituição não registou quaisquer ocorrências relacionadas com o abalo desta terça-feira.
Este paramédico sugere que a população residente nas áreas afectadas não viu necessidade de contactar o INEMA, porque não houve danos humanos e materiais resultantes do sismo.
"Ninguém ligou a perguntar sobre esta ocorrência porque não se fez sentir como o sismo do dia 5 de Junho", referiu.
Mesmo assim, Nani Francisco reitera que o INEMA vai manter o seu estado de prontidão para qualquer ocorrência de socorro, seja de que natureza for.
Embora, felizmente, não tenha havido qualquer vítima ou dano material a registar na sequência do sismo, de 4.4 na escala de Ritchter, relatos de populares em vários pontos no Lobito, Benguela e em Caimbambo dão conta de terem sentido ligeiramente o abalo, sobretudo no interior de edifícios.
Francisco Terceiro, residente no bairro da Bela Vista, na zona alta da cidade do Lobito, disse ter sentido o prédio a tremer durante quatro segundos, por volta das 21 horas.
Tânia Isaac e Dorivaldo Catanga também sentiram o abalo sísmico na Restinga, baixa do Lobito, o que causou a apreensão dos moradores, inclusive no bairro do 28, a conhecida zona Comercial da cidade ferro-portuária.
Manuel Pedro, morador do bairro do Tchipiandalo, na cidade de Benguela, também confirma o abalo, que deixou a comunidade assustada.
Já Charles António contou que o bairro do 4 de Abril, nos arredores da cidade de Benguela, não escapou ao abalo sísmico e a comunidade aguarda das autoridades competentes mais informações sobre como se prevenir, caso volte a acontecer com maior intensidade.
Depois do susto do sismo que terça-feira voltou a abalar Benguela, quase um mês depois, a situação é, neste momento, de acalmia na província, apesar dos receios da população face à recorrência deste fenómeno nos últimos tempos.
Sismos
Um sismo é um tremor ou abalo da terra que se produz por causas internas.
O termo é sinónimo de terramoto, embora, em algumas regiões, os conceitos de sismo sejam usados para fazer referência a tremores de menor intensidade relativamente a um terramoto.
Os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excepcional (9,0-9,9) e extremo (superior a 10). JH/CRB