Ondjiva - Seis cidadãos nacionais com idades compreendidas entre os 26 e os 37 anos foram detidos, esta terça-feira (31), acusados de furto de mais de mil metros de cabos eléctricos, instalados na rotunda da estrada alternativa para veículos pesados na província do Cunene.
Os cabos furtados deixaram no escuro 53 postes de iluminação pública da rotunda da Estrada Nacional (EN) 105, troço Ondjiva/Xangongo, conforme o porta-voz dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) no Cunene, Inspector Beloune Carlos.
Falando na apresentação pública dos supostos meliantes, disse que cinco dos detidos são autores materiais e o sexto autor moral, enquanto comprador do cobre retirado dos cabos eléctricos.
Beloune Carlos esclarece serem cabos instalados de forma subterrânea o que exigiu perícia dos autores que de forma faseada utilizavam instrumentos de corte e picareta.
Disse que, para além do enorme prejuízo que causa ao Estado para a reposição deste material, o acto constitui um perigo aos utentes da via, por a falta de iluminação ser o influenciador da ocorrência de vários acidentes neste trajecto.
Entretanto, explicou que a detenção dos mesmos deriva de um trabalho de inteligência policial baseado na busca e recolha de informação a nível dos bairros Caxila I, Naipalala,Okapale e Castilhos.
Assegurou que os detidos serão presentes ao magistrado do Ministério Público que fará a sua condução ao Juiz de Garantia para aplicação da medida de coação necessária.
Por seu turno, o administrador municipal adjunto para área Técnica e Infra-estrutura do Cuanhama, Edson Sacato, considerou o acto deplorável pelos prejuízos que traz ao Estado e aos próprios munícipes.
Disse que a equipa técnica vai trabalhar no sentido de averiguar os prejuízos antes de fazer-se o estudo para a sua reposição.
Edson Sacato fez saber que a administração do Cuanhama adoptou, no mês de Setembro, uma postura de proibição da venda e compra de material ferroso, porque muitos destes aliciam as comunidades na prática do furto deste material.
“Infelizmente, muitos de forma camuflada insistem nesta prática, daí que vamos reforçar a fiscalização e trabalhar em conjunto com os órgãos de defesa e segurança para contrapor a vandalização de bens públicos” , ressaltou.
Já o acusado de ser o mandante do crime, António Lucidão, confessou ser apenas comprador do material, pelo qual pagava alegadamente o preço de mil e 500 kwanzas por quilograma de cabo de cobre descascado e mil kwanzas pelo intacto.
Este é o quarto caso de vandalização de cabos eléctricos registados na cidade de Ondjiva, depois do primeiro registado na obra do Hospital Geral do Cunene e outros em 17 postos de baixa tensão de Ondjiva/Santa Clara e na Casa da Cultura.FI/LHE/IZ