Lobito - Um jovem foi flagrado a transportar electrodomésticos fraudulentamente adquiridos num armazém, em Benguela, mediante apresentação de comprovativo falso de transferência de cinco milhões e 230 mil kwanzas, soube a ANGOP, esta segunda-feira.
Trata-se de quinze aparelhos de ar condicionado, um fogão a gás e duas arcas de grande porte, subtraídos de um armazém, no mercado do "4 de Abril", nos arredores daquela cidade, na última sexta-feira.
De acordo com o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal, inspector-chefe chefe Francisco Vieira, o jovem, de 27 anos de idade, após ter negociado a suposta compra dos aparelhos, recebeu do gerente a conta bancária onde deveria depositar o valor.
"Aproveitando-se de ser uma sexta-feira e, consequentemente, da demora entre a confirmação do valor na sua conta e a posterior transferência entre bancos diferentes, o jovem calculou que a fraude seria descoberta apenas hoje, segunda-feira, o que lhe possibilitaria desaparecer com a mercadoria", relatou.
"O indivíduo trabalhou de forma célere, enviando o falso comprovativo do depósito ao gerente, via whatsapp, sem esperar que o banco certificasse a sua conta", explicou.
Segundo o porta-voz, ele ainda teve tempo para alugar uma carrinha e deu início ao carregamento do material.
Minutos depois, a direcção do armazém foi alertada pelo gerente do seu banco de que o comprovativo do suposto cliente era falso e não tinha cobertura.
A seguir a isso, o Serviço de Investigação Criminal foi accionado e conseguiu interceptar a carrinha carregada com os meios, a alguns quilómetros dali.
Naquela altura, encontravam-se no veículo apenas o jovem e o seu motorista.
"Neste momento, o cidadão encontra-se já a contas com a Justiça, mas temos informações que o mesmo trabalha com outros comparsas que estão foragidos de momento", informou.
Acrescentou, no entanto, que, devido à quadra festiva que se avizinha, a tendência de crimes do género tende a aumentar.
"Os meliantes estão atentos ao mercado do "4 de Abril", devido à quantidade de armazéns e diversidade de mercadorias disponíveis, para cometerem as suas acções criminosas", considerou.
Com vista a proteger os residentes e os comerciantes, para que não sejam importunados, o SIC promete desenvolver mais acções para a detenção dos criminosos e provar que "o crime não compensa", segundo Francisco Vieira. TC/CRB