Cacuaco – Dois cidadãos nacionais foram apresentados, hoje (quarta-feira), no município de Cacuaco, em Luanda, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC-Geral), por posse ilegal de mais de cem peças de marfim já trabalhadas.
Os envolvidos, com idades compreendidas entre 31-39 anos de idade, foram detidos na última terça-feira, no município do Kilamba Kiaxi, com 144 peças diversas, entre anéis, pulseiras, medalhas e assessórios para o cabelo.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do SIC-Geral, Manuel Halaiwa explicou que por os mesmos praticarem o crime de tráfico ilícito de pedras, metais preciosos e contra o ambiente, cuja detenção foi efectuada quando os efectivos realizavam uma operação no bairro do Golfe, tendo surpreendido os supostos criminosos no interior de uma residência a pesarem quatro peças de marfim para posteriormente ser comercializadas.
Na sequência da acção, continuou que as bijuterias esculpidas do marfim na República Democrática do Congo são adquiridas das mãos de caçadores furtivos da província do Cuando Cubango.
Explicou também que as quatro peças encontradas em posse dos mesmos, ainda não foram trabalhadas e pesam 133 kilos, tendo o preço de comercialização no mercado informal avaliado em 70 mil kwanzas.
O porta-voz disse que os assessórios do marfim teriam como destino o mercado final asiático.
Acrescentou que o elefante (o animal onde são subtraídos o marfim de forma ilegal), faz parte da lista vermelha de Angola com espécie em via de extinção e protegido pela Convenção Internacional de Comércio de Espécies de Fauna e Flora(CITES).
O responsável apelou aos cidadãos a denunciarem crimes que afectam o ambiente, assim como se tornarem actores de protecção a preservação da flora e fauna do país. COF/DJ/SEC