Lubango - Quatro cidadãos, dois nacionais e igual número de eritreus, supostamente envolvidos no rapto de um empresário dessa última nacionalidade, em Dezembro de 2023, foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) da Huíla e apresentados hoje, quinta-feira.
Trata-se de dois nacionais de 24 e 25 anos de idade e estrangeiros de 29 e 39, detidos no dia 24 de Maio, por suposto envolvimento nos crimes de rapto, burla informática e de comunicações, roubo de crédito, débito e associação criminosa.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do SIC, Segunda Quitumba, fez saber que o crime de rapto ocorreu a 27 de Dezembro de 2023, por volta das 13 horas, no bairro do Mutundo, na via pública, numa altura que a vítima saía do seu armazém e tentava entrar na sua viatura, tendo sido abordado por dois cidadãos nacionais armados.
Detalhou que os indivíduos ao interpelar a vítima apoderaram-se de sua viatura, tendo forçado o mesmo a seguir no banco traseiro, sob ameaça de arma de fogo e levaram-no até a localidade do Luyovo.
Ao aperceberem da existência de câmaras do CISP, disse o oficial, retrocederam e seguiram à Centralidade da Quilemba, concretamente no Bloco K, onde subtraíram da vítima dois telemóveis e cartões multicaixa e 150 mil kwanzas, tendo-o abandonado no local com a viatura.
De acordo com Segunda Quitumba, em acto contínuo foram ao encontro de um dos estrangeiros mandante do crime, por sinal conterrâneo do lesado, a quem entregaram os telemóveis.
No dia seguinte, os angolanos chantagearam a vítima, solicitando dois milhões e 500 mil kwanzas, para supostamente revelarem os nomes dos mandantes e o lesado assim o fez, através de uma transferência via ATM, para conta bancária de um terceiro, mas não cumpriram a promessa.
Na posse dos telemóveis da vítima, revelaram as investigações, os eritreus transferiram valores das contas que totalizaram nove milhões de kwanzas.
Na ocasião, Segunda Quitumba alertou que este órgão do Serviço de Investigação Criminal continuará a não dar tréguas aos delinquentes, pois todos os que insistirem na prática terão a “mão pesada” da justiça.
Esse é o primeiro crime contra eritreus envolvendo cidadãos da mesma nacionalidade de que a polícia da Huíla tem registo. BP/MS