Cuito - O serviço penitenciário na província do Bié vai continuar a apostar na melhoria da assistência social da população penal, através do fomento de actividades agrícolas, formação académica e profissional, bem como na assistência médica e medicamentosa.
A garantia é do director provincial dos serviços penitenciários do Bié, subcomissário prisional Catela Montenegro de Carvalho, quando intervinha na abertura das jornadas em alusão ao 44º aniversário da criação desse organismo, a assinalar-se a 20 deste mês de Março.
“A melhoria das condições da população penal, entre outros factores, passa na aposta da actividade agrícola na cadeia de Capolo, reabilitação e integração dos reclusos com acções de formação académica e profissional dos reclusos, no âmbito da parceria com o sector da educação e do INEFOP”, realçou.
O oficial comissários considerou ainda preocupante a sobrelotação a nível das duas cadeias (Capolo e Cuito) da província, construídas na época colonial para albergar 250 reclusos cada, mas que actualmente controlam 970 presos.
Para o subcomissário prisional Catela Montenegro de Carvalho, tal situação será ultrapassada caso se conclua as obras do estabelecimento penitenciário do Cuquema, com uma capacidade para mil 500 pessoas, cuja obra se encontra já na recta final.
A efeméride decorre sob lema: “Serviço penitenciário, 44 anos firmes na reabilitação e reintegração social dos reclusos, consolidemos a produção penitenciária”.
Na ocasião, foi dissertado uma palestra subordinada ao tema “O suicídio na sociedade, principais causas”, pelo especialista em psiquiatria do hospital Walter Strangway Miguel Domingues Fonseca.
Miguel Domingues Fonseca aconselhou a uma maior atenção no comportamento e atitude dos reclusos, visando identificar possíveis casos suspeitos de suicídios.
Prestigiaram o acto o procurador da república titular da província do Bié, Inácio Prata, membros do conselho consultivo do Minint entre outros convidados.BAN/PLB