Benguela – A chefe do Departamento Provincial de Benguela dos Serviços Veterinários, Elisabete Conde, alertou hoje, sexta-feira, os populares, sobre a existência de indivíduos não identificados que estão a vacinar ilegalmente animais contra raiva em locais não certificados.
Segundo a responsável, que falava à ANGOP, a instituição que dirige tem estado a receber denúncias de cidadãos que dão conta do facto de, em alguns bairros da cidade de Benguela, estarem pessoas não identificadas e muito menos certificadas, a vacinar animais contra raiva e a cobrar mil kwanzas.
“ A denúncia foi-nos feita por proprietários de animais que acorreram aos nossos serviços de uma forma aflita, com animais num estado de saúde lastimável. Tivemos de intervir para os salvar e saber o que se estava a passar”, disse.
Os denunciantes alegam que existe um grupo de indivíduos que está a bater as portas dos munícipes para fazer a vacinação dos animais, o que em princípio não é legal.
“ O Serviço de Veterinária rege-se por leis e se tiver de realizar uma campanha de vacinação massiva de animais, previamente informa os meios de comunicação social, as administrações municipais, comunais e as autoridades tradicionais, assim como define os locais”, disse.
Na mesma senda, referiu que, caso a instituição não realize uma campanha de vacinação massiva, a população deve se dirigir aos vários postos clínicos do Estado e privados credenciados e bem identificados.
“Nós denunciamos no sentido de desencorajar a população para não aderir a estas vacinas, porque é um atentado à saúde pública e apelo às autoridades competentes a agirem por este crime”, disse.
Disse que, a nível de Benguela, a instituição que dirige credenciou e controla cerca de 10 clínicas veterinárias, na qual são feitas vistorias para ver se estão criadas as condições para o exercício da actividade.
Na ocasião, anunciou que dentro de alguns dias será realizada uma campanha de vacinação de rotina, sob responsabilidade dos Serviços Provinciais de Veterinária.
Elisabete Conde informou que a província de Benguela nunca teve falta de vacinas anti-rábica e que os postos têm estado a vacinar entre 15 a 20 animais por dia.
Apelou a população a não aderir aos falsos vacinadores, porque não estão credenciados e a vacina exige acondicionamento com uma temperatura própria. “Quando não se cumprem estes requisitos, automaticamente tornam-se impróprias para utilização em animais”, concluiu. CRB