Lubango - A segunda fase das obras das Infra-estruturas Integradas da cidade do Lubango está em fase de mobilização de recursos financeiros, para que arranque efectivamente ainda este ano, revelou o governador da Huíla, Nuno Mahapi.
Em Julho de 2023, o Presidente da República, João Lourenço, através do Despacho Presidencial n°181/23, autorizou a despesa para abertura do Procedimento de Contratação Simplificada, pelo critério material, com vista à adjudicação da empreitada de obras públicas de Requalificação Urbana da Cidade do Lubango, no valor 287,3 milhões de dólares.
Além da construção e reabilitação de vias periféricas e urbanas, numa extensão de aproximadamente 90,44 quilómetros, a requalificação inclui a execução de serviços complementares, como a recolha e o tratamento de resíduos sólidos, captação e distribuição de água, reabilitação de edifícios e da iluminação pública.
O Despacho Presidencial determinou, também, a fiscalização da obra de requalificação com uma despesa de 2.895 milhões de dólares. A requalificação urbana da cidade do Lubango enquadra-se no programa de construção de infra-estruturas integradas em execução no país.
Em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o governador Mahapi afirmou que já foram feitos os contratos e estes foram visados pelo Tribunal de Contas.
Declarou que a maior parte dos bairros da cidade precisam de uma “grande” intervenção, alguns nunca foram intervencionados e outros por causa da antiguidade da cidade carecem de acções de fundo e os restantes de obras de melhorias para manter a cidade mais atractiva, é o que se pretende.
A intervenção, conforme o governador, divide-se em várias fases, a primeira foi concluída, tendo se cingido ao casco urbano, e segue-se a segunda, com o foco nas zonas peri-urbanas, e depois na terceira e assim sucessivamente até dar uma imagem melhor da capital huilana.
Questionado sobre quais serão os bairros prioritários, Nuno Mahapi referiu que todos são, pelo que vai determinar é a densidade demográfica, os bairros mais habitados vão ser os primeiros, bem como as artérias que definem a mobilidade na cidade do Lubango.
“São obras que têm recursos financeiros avultados e a nossa fonte é o Orçamento Geral do Estado. Como se sabe estamos numa condição financeira não muito boa, mas a nossa segunda fase está na porta a sair”, disse.
Central de tratamento de água da centralidade da Quilemba na fase de conclusão
Nuno Mahapi fez saber, ainda, que a Estação de Tratamento de Água (ETA) na Quilemba, município do Lubango, está na sua fase terminal e ainda no ano em curso será colocada à disposição da população.
Avançou que a água na cidade do Lubango continua a ser um desafio permanente e contínuo, que carece de investimentos e a ETA da Quilemba não está a parte de tal aposta.
Manifestou que Novembro de 2023 registou-se chuvas nunca vistas nos últimos cinco anos, tendo sido satisfatórias, mas preocupa ainda o investimento contínuo que deve ser feito no sector das águas.
Concebida para 50 habitantes, ainda no século XIX, o município do Lubango, com 3 147 km², conta actualmente com mais de um milhão e 500 mil. EM/MS