Luanda - O secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, destacou, esta quarta-feira, em Beijing (China), os progressos registados no exercício da liberdade de imprensa em Angola.
O responsável congratulou-se com o aumento progressivo do número de órgãos de informação registados no país, sendo, neste momento, 47, entre televisões, rádios, jornais e outros, sublinhando que tem se reflectido na diversidade de ideias e linhas editoriais.
Advogou a necessidade de os órgãos de comunicação social actuarem no uso correcto e pacífico da sua actividade tradicional, enquanto agentes transformadores da sociedade, moldando a forma de ser e de estar dos povos.
“Urge a necessidade de trabalharmos todos como um corpo único, voltado à credibilização dos meios tradicionais, enquanto elementos privilegiados de informação e entretenimento indutores de uma sociedade em constante transformação positiva”, sublinhou.
De acordo com Nuno Caldas, um dos grandes progressos alcançados no sector prende-se com a revisão do Pacote Legislativo da Comunicação Social, que prevê para breve a aprovação do regulamento da media electrónica on-line.
Reiterou a necessidade de os órgãos de informação e influenciadores sociais se distanciarem de práticas que atentam contra os valores da dignidade humana, da ética e deontologia profissionais, do patriotismo, da justiça social e do progresso das sociedades.
“Precisamos encontrar soluções para os aplicativos e plataformas de informação digital que se afiguram uma grande ameaça à segurança e soberania dos nossos países e povos, bem como mecanismos para que não haja alaridos da amputação da liberdade de expressão e de imprensa”, referiu.
Em relação à África, o secretário de Estado defendeu a necessidade de uma reflexão conjunta, em colaboração com a China, na reorientação das estratégias e tácticas consentâneas à migração digital, a fim de informar e formar melhor as populações com conteúdos diversificados, tendo no centro a atenção ao desenvolvimento do continente.
O 6º Fórum de cooperação China-África para a comunicação, promove a troca de experiências e o reforço do intercâmbio entre os estados e instituições, estabelecendo consensos e visões comuns no âmbito das políticas e estratégias da comunicação no digital/internet e do acesso à informação, bem como a importância dos órgãos de comunicação social.
Nesta edição de 2024, participam 22 países, com cerca de 234 delegados, entre ministros, secretários de Estados, vice-ministros e responsáveis de organizações internacionais do continente africano.
Integram a delegação angolana ao evento, o embaixador de Angola na China, João Salvador Neto, o director nacional para Informação e Comunicação Institucional, João Demba, entre outros quadros do sector.ANM/MCN