Luanda - O secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas, pediu esta quinta-feira, em Luanda, uma reflexão urgente sobre os caminhos a seguir para uma comunicação de excelência e construtiva.
Segundo o secretário de Estado, a reflexão visa a melhoria do desempenho do papel da comunicação social esperado pela sociedade, que consiste em “informar com qualidade, verdade, isenção, rigor, objectividade, responsabilidade e sentido patriótico”.
Falando na cerimónia de entrega de certificados e troféus aos vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo, Nuno Caldas referiu que os meios de comunicação exercem, cada vez mais, um papel relevante nas sociedades modernas, de tal forma que o hábito e costume de consumir conteúdos midiáticos constituem práticas sociais e culturais.
Assim sendo, o secretário de Estado desencorajou e condenou todas as formas de atentado contra a liberdade de imprensa e de expressão.
Reafirmou o principal apoio do Governo aos profissionais da comunicação social, na árdua tarefa de informar e formar a sociedade.
“O Executivo continuará a assegurar a protecção dos profissionais da comunicação social e garantir o pleno exercício do direito à liberdade de expressão e de imprensa, para o bem de Angola e de todos os angolanos”, realçou.
Nuno Caldas lembrou que a liberdade de imprensa está consagrada na Constituição da República de Angola, havendo, por isso, a necessidade desta ser defendida, inclusive pelas organizações de profissionais que operam no sector da comunicação social.
Conforme o responsável, os jornalistas têm a nobre missão de promover os valores da cidadania e alertou sobre a necessidade da defesa da democracia e combate a todas as formas contrárias à unidade nacional.
Na ocasião, o responsável saudou todos os premiados e encorajou os órgãos de comunicação a tomarem posições mais ousadas que visam informar e formar cada vez mais e melhor as populações.
Disse que a cerimónia de reconhecimento serve para incentivar os profissionais da Comunicação Social a trabalharem cada vez mais, em busca da excelência, prestando aos cidadãos informação de qualidade.
Nuno Caldas incentivou os demais profissionais a trilharem o mesmo caminho, não só para que se tornem vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo, mas porque constitui a sua missão e “a sociedade deles espera”.
Os vencedores da edição 2023 do Prémio Nacional de Jornalismo receberam, nesta quinta-feira, certificados, troféus e valores monetários correspondentes aos prémios.
O galardão, instituído em Maio de 2007, por Decreto Presidencial, é avaliado em 16 milhões e 200 mil Kwanzas, sendo que os vencedores por categoria receberam, nomeadamente, os terceiros classificados 500 mil Kwanzas, os segundos classificados um milhão e 500 mil Kwanzas e os primeiros classificados a quantia de dois milhões e 500 mil Kwanzas.
O prémio contempla as categorias de Imprensa, Rádio, TV e Fotojornalismo.
Nguxi dos Santos, primeiro classificado na categoria de “Televisão”, revelou-se grato com a premiação e apelou a classe jornalística para uma maior cobertura e divulgação de conteúdos que retratam a cultura nacional.
Pelicano Baptista, vencedor da categoria de “Rádio”, agradeceu o prémio, tendo considerado como o coroar de uma trajectória.
Chamou a atenção para a conservação da fauna angolana, sobretudo os rinocerontes.
Na categoria de Fotojornalismo, Joaquim Armando, começou por agradecer à família, tendo referenciado que o prémio é o reconhecimento do trabalho árduo de todos os profissionais.
Para a categoria de “Imprensa”, foi vencedor o profissional Joaquim Aguiar (Edições Novembro), seguido de José Gonga (Expansão) e Alexa Sonhi (Edições Novembro).
A categoria de “Rádio” foi ganha pelo jornalista Pelicano Baptista, seguido de Dito Tavares e Liberato Furtado, todos do Grupo Rádio Nacional de Angola.
Na categoria de “Televisão”, venceu o jornalista Nguxi dos Santos, seguido de Lisdália Nascimento e Ladislau Fortunato, todos da Televisão Pública de Angola (TPA).
Na categoria de “Fotojornalismo” foi distinguido o jornalista Joaquim Armando, seguido de Contreiras Pipa e Agostinho Narciso, todos das Edições Novembro.
A primeira edição do prémio aconteceu em 2008, visando distinguir a criatividade e a investigação para valorizar a competência, o mérito e o profissionalismo dos jornalistas angolanos.
O prémio abrange trabalhos em qualquer dos géneros jornalísticos, nas categorias de Imprensa, Rádio, Televisão e Fotojornalismo, que tenham sido produzidos, emitidos ou publicados no ano anterior. ANM/OHA