Benguela - A secretária do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Marinela Gamboa Laureano, convidou esta quinta-feira, nesta cidade, a Promaica a identificar acções e colaborar com os órgãos do Estado na implementação do Programa de Desenvolvimento Nacional 2023/2027, soube a ANGOP.
Marinela Gamboa, que discursava na abertura do I Congresso Nacional da Promoção da Mulher Angolana Católica (Promaica), destacou, no quadro da PDN, o Plano nacional de educação para todos e o Plano estratégico sobre saúde sexual e reprodutiva.
O Projecto de empoderamento de jovens raparigas, a Estratégia de acção integral de saúde do adolescente e do jovem, Implementação e divulgação da lei 25/11 de 14 de julho, sobre violência doméstica, e o seu regulamento, são outros programas que o Executivo espera contar com o contributo da Promaica na sua materialização.
Marinela Gamboa recordou que, recentemente, o Presidente da República, João Lourenço, reconheceu, na 43ª reunião ordinária da SADC, que "o país reconhece e valoriza o papel activo desempenhado pela mulher angolana, no quadro das complexas responsabilidades que lhes têm sido confiadas".
Segundo a secretária, esta visão está perfeitamente alinhada com as principais prioridades e programas direccionados para a mulher que o Executivo inseriu no Plano de Desenvolvimento Nacional PDN 2023/2027, para responder aos anseios destas.
Na ocasião, a secretária do PR fez também referência ao Acordo-quadro assinado com a Santa Sé, em 2019, regulamentado por vários decretos executivos e instrutivos dos departamentos ministeriais, dentre os quais os das Finanças, Justiça, Educação, Interior, Relações Exteriores e da Cultura.
Para ela, este acordo veio regular e reforçar a cooperação bilateral, com múltiplas vantagens para as partes.
A responsável frisou que, nos últimos anos, o Executivo tem prestado apoio ao trabalho das congregações religiosas, com destaque para os seus grupos femininos.
Por outro lado, Marinela Gamboa considera que os painéis em discussão no congresso indicam que "a Promaica é comparável a uma árvore, cuja pequena semente foi lançada em Agosto de 1990, cresceu, floriu e já deu muitos frutos".
Por isso, augura que o I congresso traga ideias e conclusões para consolidação desta organização feminina, e para um crescente empoderamento da mulher angolana na igreja e na sociedade.
Considerou ainda que os 34 anos da Promaica confirmam a verdade bíblica de que " O justo viverá da fé".
Testemunharam a cerimónia de abertura o vice-presidente da CEAST, Dom Estanislau Chindecasse, o bispo da Diocese de Benguela, Dom António Jaca, a responsável nacional da Promoção da Mulher Angolana Católica, Julieta de Araújo, bem como a vice-governadora para os assuntos Político, Social e Económico, Lídia Amaro.
Mais de 20 mil fiéis católicas são aguardadas em Benguela para participar no I Congresso Nacional da Promaica.
Durante quatro dias, as participantes vão abordar vários temas, com destaque para Estratégias futuras de actuação, Actualização dos estatutos e Síntese dos painéis abordados no encontro anterior.
A Promaica foi fundada a 23 de Agosto de 1990 na Diocese de Benguela, pelo então bispo Dom Óscar Braga. CRB