Luanda – Pelo menos 479 famílias que residem em condições precárias no bairro do Povoado (Samba) serão transferidas, nos próximos tempos, para o município de Belas, em Luanda.

A informação foi prestada pela administradora da Samba (Luanda), Loide Faria, durante uma visita do governador provincial de Luanda, Luís Nunes, ao município da Samba, tendo afirmado que serão transferidas entre 479 e 500 famílias desta zona.

Segundo a responsável, estas famílias vivem há mais de 10 anos no povoado, em condições deploráveis, pelo que serão transferidas para zonas com melhores condições de habitabilidade.

“Logo que chegamos, constatamos esta realidade e, em colaboração com a Administração Municipal de Belas, estamos a fazer a limpeza de um terreno, para posterior loteamento, e junto do Governo Provincial arranjarmos soluções de apoio e materiais para a construção”, disse Loide Faria.

Informou que, neste momento, decorre o processo de cadastramento das respectivas famílias que, de forma gradual, serão encaminhadas para os novos espaços.

Loide Faria disse ainda que a administração leva a cabo um processo de constatação dos problemas do município, entre os quais construções anárquicas, venda de peixe mal acondicionado e valas de drenagens com muitos resíduos sólidos.

Assim, pediu a colaboração dos munícipes no sentido de se melhorar o ambiente, através da melhoria do acondicionamento dos resíduos sólidos, para proporcionar uma boa imagem ao município e um desenvolvimento sustentável.

Sobre o mercado da Mabunda, aventou a possibilidade da definição de um dia reservado para a limpeza do espaço, tendo em conta que “o acondicionamento do peixe é preocupante. Temos peixe no chão, temos peixe ao lado dos resíduos sólidos, temos peixe ao lado da vala, o que preocupa bastante e vamos ter que começar a melhorar”.

Corroborando da necessidade de transferência destas famílias, o governador Luís Nunes disse que serão acauteladas questões ligadas à energia eléctrica e água potável na zona de acolhimento.

“Estamos a ver se pomos à disposição daquela zona também energia e água. Não estou a dizer que vamos fazer ligações domiciliares, mas vamos pôr à disposição, com chafarizes, e não só, para transferir as pessoas para lá”, argumentou. AB/OHA