Dundo - A onda de roubos de material eléctrico tem estado a condicionar a conclusão da nova subestação eléctrica e a provocar transtornos e custos adicionais no cronograma das obras de ampliação da barragem hidroeléctrica do Luachimo, na província da Lunda Norte.
A preocupação foi manifestada hoje, quinta-feira, pelo responsável do Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza (GAMEK), Policarpo da Rosa, sublinhando que a barragem já registou dois actos de vandalização, que resultou no roubo de conectores de alumínios, barras de cobre, candeeiros, entre outros equipamentos.
Disse que os níveis de execução física das obras da subestação eléctrica de 60 quilovolts da central hidroeléctrica do Luachimo, estão a 50 por cento, abaixo do previsto, devido a onda de roubos de material eléctrico.
Fez saber que o caso já foi entregue ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) para se encontrar os criminosos e responsabiliza-los.
Por seu turno, o director municipal do SIC no Chitato, intendente Daniel Canguia, informou que já foram encontrados dois presumíveis autores do crime e as buscas continuam para se encontrar o resto dos criminosos.
Disse que da investigação feita até ao momento, tudo indica que trata-se de um grupo de associação criminosa, que envolve cidadãos nacionais estrangeiros, bem como elementos ligados a empresa prestadora de serviço de segurança à barragem do Luachimo.
Avançou que o grupo tem um mandante que adquiria o material para posteriormente comercializar na província de Luanda e nas fronteiras com a República Democrática do Congo (RDC).
Avaliadas em mais de 212 milhões USD, por via de uma linha de crédito da China, as obras em curso desde 2018 na barragem do Luachimo, vão elevar de 8,4 para 34 megawatts (MW) a capacidade energética fornecida pela infraestrutura, tornando a província da Lunda Norte a mais iluminada da região leste de Angola, com a sua entrada em funcionamento, prevista para este ano.