Roubo de cabos eléctricos coloca Mártires do Kifagondo sem iluminação pública

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  • Luanda • Sexta, 13 Outubro de 2023 | 15h29
Um ângulo da Rua 13 no Mártires do Kifangondo
Um ângulo da Rua 13 no Mártires do Kifangondo
Tarcísio Vilela - ANGOP

Luanda – O Bairro Mártires do Kifagondo, Distrito Urbano da Maianga, está, há sensivelmente, oito anos sem iluminação pública devido ao roubo dos cabos eléctricos que alimentam os postos das 20 ruas.

Em declarações à ANGOP, o presidente da Comissão de Moradores do Bairro, António Cunha “Chuba”, explicou que a vandalização dos equipamentos, por cidadãos desconhecidos, tem propiciado actos criminais no período nocturno e inibido os moradores de circularem à vontade por medo dos assaltos a esticão.

“Os postes existem. O que se precisa é uma requalificação e reposição de cabos eléctricos. Entretanto, a falta de iluminação pública está, também, na base da tendência crescente de assaltos, principalmente durante à noite”, enfatizou.

António Cunha informou, por outro lado, que no Mártires também não corre água, nas moradias, há mais de oito anos, sobretudo da rua sete até a 11, mesmo o bairro estando a cerca de 50 metros da Subestação da Maianga.

Por conta desta situação, sublinhou, os moradores são obrigados a comprar o líquido em cisternas, pagando 35 mil kwanzas, enquanto outros revendem a água, cobrando um recipiente de 20 litros por 100 a 150 kwanzas.

No domínio da Saúde, adiantou que o bairro necessita de um centro de referência, mormente um hospital público, para atender a demanda das quase 4 mil famílias ocupantes das duas mil e 700 residências, e que geralmente acorrem ao Centro Médico do Cassequel.

O também morador da circunscrição há mais de 50 anos, adianta que o Mártires tem apenas nove estabelecimentos privados, com realce para a Clínica do Exército e o Posto Médico da Igreja Católica, instituições que têm ajudado os moradores, cobrando preços acessíveis.

Recordou que antes das Eleições Gerais de 2022, uma comissão da Administração do Distrito da Maianga apresentou um projecto de construção de um Centro Médico público, na Rua 1, mas até ao momento nenhum passo mais foi dado.

“Mas os moradores devem também ter alguma urbanidade no uso dos meios, porquanto é bastante imperioso cuidar-se dos bens públicos. Por exemplo, as sarjetas estão a ser entupidas com garrafas e sacos plásticos e isso poderá criar outros problemas no bairro”, advertiu.     

Abordado sobre os problemas do Mártires, uma fonte da administração do Distrito Urbano da Maianga reconheceu o facto e disse que muitos dos roubos e vandalismos são protagonizados por vizinhos, pelo que apela os moradores a denunciarem à Polícia.

Há dois ou três anos, disse, o Mártires tinha o problema da iluminação pública resolvido em quase todas as ruas, porém, com os furtos dos cabos, voltou às escuras e a aguardar por uma próxima intervenção da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE).

Em relação à restrição no fornecimento de água potável no Mártires, adiantou que o problema só prevalece porque a Empresa Pública de Águas (EPAL) não dispõe de certos materiais e equipamentos e por não ser uma instituição de serviços municipalizados.

“Tudo isso está a dificultar a resolução do caso, que não depende da Administração do Distrito Urbano da Maianga, daí que devemos aguardar por uma nova intervenção da EPAL nesse bairro de aproximadamente 90 anos de existência”, avançou.

Quanto à necessidade de um hospital público para o Mártires, o interlocutor apontou o Hospital do Prenda e o Centro de Saúde do Cassequel como alternativos, a menos de cinco minutos do bairro, além da Clínica Girassol, que embora privada, também facilita.

“Neste momento, não tem espaço para a construção de mais um hospital público no Mártires do Kifangondo, uma zona já infra-estruturada. Por outro lado, desconheço se o Governo pensa nisso”, justificou, garantindo dias melhores para os habitantes desse bairro.SL/MDS        

 





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