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RNA investe na modernização tecnológica

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  • Luanda • Quinta, 05 Outubro de 2023 | 12h35
PCA da Rádio Nacional de Angola, Pedro Afonso Cabral
PCA da Rádio Nacional de Angola, Pedro Afonso Cabral
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda - A Rádio Nacional de Angola (RNA) prevê implementar, brevemente, um plano de modernização técnica e tecnológica, para melhorar os seus serviços, devendo transitar do analógico para o digital, anunciou, esta quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Pedro Cabral.

Em declarações à ANGOP, a propósito do 46° aniversário da estação pública de radiodifusão, que hoje se assinala, o gestor disse que vão trabalhar também para o alargamento da sua rede de emissão.

Sem avançar as províncias que beneficiarão desta primeira fase de modernização, Pedro Cabral explicou que os primeiros passos para a modernização dos estúdios já foram dados e contarão com equipamentos tecnológicos de ponta.

"Vamos transitar do analógico para o digital, para que essa mudança seja completa. Já temos equipas preparadas para o processo de formação", disse.

Pedro Cabral explicou que o objectivo é atingir os 100 por cento da cobertura do sinal da rádio em todo o país. 

Por sua vez, alguns trabalhadores da RNA mostraram- se satisfeitos com os avanços da rádio nestes últimos anos.

A jornalista Marina Chambole, que conta com 20 anos de casa, diz que hoje a rádio está mais moderna e com maior abrangência, a nível nacional e não só. 

"Antigamente andávamos com equipamentos pesados para fazer uma reportagem, hoje não. Estamos mais modernos e o nosso sinal tem maior cobertura nacional", disse.

Já Isaías Afonso, jornalista sénior desta estação, lembrou os tempos em que era difícil transmitir de um programa em directo, pois os recursos eram escassos.

Hoje, graças a Deus temos uma rádio mais dinâmica e mais interactiva, o sinal cobre quase todo o território nacional e nos próximos anos estaremos com a cobertura total o que é satisfatório.

Já a operadora de som, Victória Cristóvão, que conta com 36 anos de casa disse que um dos momentos mais marcantes na rádio foi o período em se trabalhava 24 horas por dia para garantir a emissão da rádio.

A RNA congrega o Canal A, Rádio N'Gola Yetu, Rádio Luanda, Rádio FM Estéreo, Rádio 5, Rádio Cazenga, Rádio Escola e Rádio Viana, dezoito estações regionais (uma por província) e uma estação de rádio internacional (Serviço Internacional).

Conta com uma rede de emissores que permite a rádio cobrir todo o país, na modulação em frequência  (61 frequências FM, principalmente nas grandes cidades), em ondas médias  (23 frequências) ou em ondas curtas  (10 frequências). Controla trinta centros de transmissão e um centro de formação.

Como estação de serviço público, a RNA tem como objectivo garantir a liberdade de expressão e o direito à informação e difundir os diversos aspectos do povo angolano, sua cultura e hábitos.

As emissões são feitas na maior parte em português e também possui programas nas línguas nacionais Quimbundo, Tchokwe, Umbundo, Cuanhama, Herero Ganguela e Nhaneca. 

A emissão do Serviço Internacional da RNA é transmitida em português,  inglês e francês.

História

As emissões da Emissora Oficial de Angola (EOA) iniciaram em regime de experimental por volta de 1951, mas só a 1 de Janeiro de 1955 o Governo português pôs a funcionar a Emissora. Até 1964, esteve integrada no quadro orgânico da empresa de Correios Telégrafos e Telefones – CTT, metodologicamente até 1970, passando depois para a dependência do Centro de Informação e  Turismo de Angola – CITA.

 

O Decreto 342 de 11 de Julho de 1970 atribuía a EOA o exclusivo das emissões de radiodifusão sonora do Estado cujas atribuições incidiam “na realização de infra-estruturas de radiodifusão pertencentes ao Estado, recepção, preparação e encomenda de programas exclusivamente sonoros necessários ao seu funcionamento, o intercâmbio de programas com outras entidades ou organismos de radiodifusão nacionais ou estrangeiros mediante plano superiormente aprovado”. Na altura, os programas e noticiários oficiais, tinham conteúdo necessariamente propagandístico mais do que educativo ou informativo.

A 8 de Dezembro de 1975, com menos de um mês de Nação independente, o Governo de Angola nacionalizou a Estação e criou a Radiodifusão Nacional de Angola, com a sigla Rádio Nacional de Angola “RNA” e o indicativo “De Luanda capital da República Popular de Angola transmite a Rádio Nacional de Angola, em cadeia com toda rede nacional de emissores”.

Os trabalhadores da RNA foram agraciados com visita do primeiro Presidente da República de Angola, António Agostinho Neto, a 5 de Outubro de 1977. Um ano depois, em assembleia de trabalhadores, aprovaram uma moção que instituía a data da visita do Presidente Neto à RNA como o Dia da Rádio Nacional da Angola.  LIN/ART

 

 





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