Huambo - O director-Geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), Manuel Mbangue, destacou a eficácia da implementação do Plano de Apoio à Promoção da Empregabilidade (PAPE) no país, face aos resultados positivos que têm sido alcançados.
Manuel Mbangue fez esta confirmação, quando orientava o acto de lançamento, nesta região do Planalto Central, da terceira fase do PAPE, que vai beneficiar vários jovens locais, com kits profissionais, micro-créditos e formações de curta duração.
Lançado em Outubro de 2019 e dentro daquilo que são as suas estratégias de promoção da empregabilidade, o PAPE estima criar, em todo país, 83 mil e 500 novos empregos para jovens, através de programas como “Fomento do auto emprego”, “Inserção no mercado de trabalho”, ”Incentivo ao empreendedorismo” e “Capacita”.
Neste momento, de acordo com o responsável, já foram criados, a nível das 18 província, 46 mil 990 postos de trabalhos, sendo 13 mil 292 directos e 33 mil 698 indirectos, fruto da distribuição de seis mil 297 kits profissionais diversos e seis mil 995 micro-créditos ao igual número de jovens do país.
Ainda em termos de resultados, fez saber que o plano já permitiu a cedência de mil e 736 carteiras profissionais, a formação e a certificação de mais de 40 mil jovens em diversos cursos, ao passo que outros mil e 836 foram submetidos a estágios profissionais, depois de serem capacitados tecnicamente.
Conforme o responsável, apesar dos dados ainda não reflectirem os objectivos a atingir com o PAPE, com término previsto para Dezembro último, porém, afirmou serem positivos e que provam a eficácia da sua implementação, no quadro da concretização dos desafios do Governo angolano de elevar a taxa de empregabilidade da juventude, reduzir a pobreza e promover a inclusão social no desta franja.
Manuel Bangue referiu que os resultados em causa foram alcançados em apenas 18 meses, desde que o PAPE começou a ser implementado, em Setembro de 2020, e que antes não foi possível por causa das implicações impostas pela Covid-19.
Referiu que a situação pandémica que assola o país e o mundo em geral, impôs inúmeros e sérios constrangimentos na efectivação do projecto, na medida em que, comprometeu, durante muito tempo, a aquisição, por via da importação, dos kits profissionais, para além de condicionar as acções formativas, tendo em conta as recomendações das autoridades sanitárias que proibiam os ajuntamentos.
PAPE eleva responsabilidade dos jovens no desenvolvimento do país
Noutra parte do seu discurso durante o acto, o director-geral do INEFOP apontou ainda como objectivo do PAPE, a elevação da responsabilidade dos jovens, no sentido de contribuírem no processo de construção do país, depois da conquista da paz, a 4 de Abril de 2002.
De acordo com o mesmo, o acto de lançamento da terceira fase do PAPE, que decorreu de forma simultânea nas 18 províncias, um dia depois das comemorações do dia da paz e reconciliação nacional, tem o significado de incutir no seio dos beneficiados o dever de continuarem a promover o desenvolvimento socioeconómico nacional.
“Se ontem os mais velhos tiveram a missão espinhosa de irem às frentes de combate, hoje vocês têm a responsabilidade de receber os bens públicos, para numa outra luta, gerarem empregos, manterem os postos de trabalhos, o combate a fome a pobreza e, acima de tudo, promover o bem-estar económico e social, e contribuir na construção de uma Angola próspera que se quer para amanhã”, realçou.
Adiantou que para o alcance deste desiderato, o PAPE contribui, não só com a disponibilização de meios e micro-créditos para o auto-emprego, mas também a promoção de conhecimentos e habilidades para elevação do bem-estar social dos jovens, enquanto um imperativo moral e económico do Estado.
Nesta terceira fase do PAPE, serão beneficiados nesta província, 91 jovens com kits profissionais e 23 com micro-créditos, para além de 17 com carteiras profissionais e 16 com certificados de conclusão de cursos de curta duração, nos municípios do Huambo, Longonjo, Ucuma e Chinjenje, que vão gerar 494 novos postos de trabalho, sendo 82 directos de 312 indirectos.
Nas duas primeiras fases realizadas em 2021, foram contemplados 378 jovens, a nível dos municípios do Bailundo, Caála, Chicala-Cholohanga, Cachiungo, Chinjenje, Huambo, Londuimbali e Mungo.
Destes, 117 receberam kits profissionais, 84 micro-créditos, 15 carteiras e 102 foram submetidos a estágios profissionais em diversas empresas, para aperfeiçoarem as suas habilidades técnicas, o que resultou na criação de mil e 68 novos postos de trabalhos.
Ainda nas duas primeiras, foram formados, em diversos cursos de curta duração, 755 jovens através do PAPE-avanço e mil e 31 pelo capacita, para além da formalização de 103 projectos de negócios.