Responsável defende inovação dos sistemas de água do Huambo

     Sociedade           
  • Huambo     Terça, 09 Abril De 2024    16h10  
Directora Nacional de Águas, Elsa Ramos
Directora Nacional de Águas, Elsa Ramos
Frank Béu-ANGOP

Huambo - A directora nacional de Águas, Elsa Ramos, defendeu hoje, terça-feira, a necessidade de se inovar o sistema de captação e tratamento de água da província do Huambo, para maior sustentabilidade e servir melhor a população.

Trata-se, numa primeira fase, da reestruturação e inovação de forma sustentável dos sistemas de captação e tratamento de água dos municípios do Huambo, Caála e Ecunha, para os próximos  10 anos, no quadro da implementação do Projecto de Desenvolvimento Institucional do Sector de Águas de Angola (PDISA).

A responsável falava no primeiro workshop sobre Apresentação dos Relatórios da Situação Existente e de Avaliação do Consumo e Disponibilidade, no âmbito da revisão do Plano Director de abastecimento de água na província do Huambo.

Disse existirem esforços múltiplos da parte do Governo sobre o melhoramento dos programas de abastecimentos de água à população, através da contratação de serviços  para o Plano Director de investimento de capitais para os próximos dez anos, no âmbito do Projecto de Desenvolvimento Institucional do Sector de Águas de Angola(PDISA).

Lembrou que para a província do Huambo foi contratada uma empresa dos Emirados Árabes Unidos, para executar o Plano Director de investimento de capitais inserido no PDISA-2, com a previsão, também, de alargar os sistemas de abastecimento existentes, para beneficiar a maioria da população nos 11 municípios.

Explicou que o Projecto de Desenvolvimento Institucional do Sector de Águas de Angola (PDISA 02), que foi interrompido entre 2019 e 2020, conta com o financiamento do Governo angolano e o Banco Mundial, com a previsão de abranger, numa primeira fase, os municípios do Huambo, Caála e Ecunha.

Elsa Ramos disse que o projecto vai capitalizar soluções técnicas e inovadoras do sistema de abastecimento de água potável nas comunidades, bem como a operacionalização e manutenção das infra-estruturas, para assegurar a exploração dos equipamentos até ao limite da sua vida útil, numa intenção de se optimizar os investimento definidos pelo Governo.

Enfatizou que este programa passará pela reavaliação dos projectos anteriores e no  estudos das fontes de água, focados na exploração dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, para o abastecimento de água nas cidades.

Por seu turno, o vice-governador para os serviços Técnicos e Infra-estruturas da província do Huambo, Elmano Inácio Francisco, considerou importante e decisiva a busca  de soluções da distribuição viável  dos recursos naturais transversais, como a água, para o desenvolvimento sustentável e o melhoramento do saneamento básico local.

Referiu ser fundamental fazer uma abordagem mais frontal dos programas de distribuição de água potável, por via da ampliação dos sistemas de abastecimentos para que a maior parte da população tenha acessos sem dificuldades.

Destacou que a província do Huambo tem difíceis alarmantes de distribuição de água potável para perto de três milhões de habitantes, distribuídos nos 11 municípios, não obstante a construção de novos sistemas.

Sistema de abastecimento

Perto de 61 mil  clientes são controlados pela Empresas de Água e Saneamento da província do Huambo, repartidos nos municípios da Caála, Huambo e Ecunha.

Deste grupo, 35 mil beneficiam da água potável e os outros 26 mil estão fora do sistema em consequência da insuficiência e falta de capacidade técnica, para o abastecimento, resultantes da incapacidade em termos de cobertura de distribuição.

A distribuição de água potável é regular nas centralidades Faustino Muteka (Caála), Lossambo (Huambo) e Halavala (Bailundo), mas nos pontos urbanos de origem colonial e bairros periféricos o programa de fornecimento é feito com restrições, por incapacidade técnica de cobertura.

A província do Huambo conta com três estações de tratamento de água potável,  onde são produzidos 80 mil 828 metros cúbicos/dia, para assistir perto 35 mil clientes destacados nos municípios da Caála, Huambo e Ecunha.

A empresas de Água e Saneamento do Huambo factura em média 50 milhões de Kwanzas/mês, onde cada cliente paga mil 800 Kwanzas.

As estações de tratamento da província do Huambo estão localizadas nas zonas ribeirinhas do Conhongama (Caála) e Culimahanla (Huambo).

Expansão da rede

Os projectos de expansão de água potável decorrem nos municípios do Bailundo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje e Huambo, baseados na construção de sistemas de abastecimento e na ampliação das redes domiciliares.

Para o município do Huambo, decorrem desde 2023 um programa de alargamento da rede domiciliar para beneficiar 41 mil clientes, num projecto promovido pelo Governo angolano e o Banco Mundial.

No município da Caála, as autoridades administrativas aguardam pelo financiamento para a recuperação do sistema de canalização da rede da cidade, que se encontra em estado obsoleto e sem continuidade em consequência do estado avançado de degradação.

Nesta municipalidade, o fornecimento de água potável é feito nos bairros periféricos e na centralidade Faustino Muteka, onde foram construídos novos sistemas. LT/JSV/ALH





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