Luena - Entidades religiosas da província do Moxico recomendaram, hoje, ao governo para a conclusão das infra-estruturas sociais paralisadas há decana, com vista a contribuírem no crescimento da região.
Essa preocupação foi apresentada ao governador provincial, Ernesto Muangala, durante um encontro de auscultação, decorrido na Casa da Cultura, arredores do Luena, que serviu para abordar a situação social da região.
No Moxico, muitas obras ficaram paralisadas há mais de uma década, por alegada falta de verbas, como, por exemplo, a construção do Instituto Politécnico do Luena, com 32 salas de aula.
Localizado no Alto Luena, ao sul da cidade, a empreitada, que está a 90 por cento de execução física, foi projectada para receber dois mil 800 estudantes.
Na mesma situação, encontram-se paralisadas, por falta de pagamento, as obras de requalificação e ampliação da escola do ensino primário “Comandante Kwenha”, com capacidade de 28 salas de aula, localizada no centro do Luena.
Em estado de abandono, há 12 anos, com uma execução física de 90 por cento, encontram-se, também, as obras de construção do edifício que vai acomodar os Gabinetes Provinciais, composto por 68 gabinetes, distribuídos em 17 naves.
Durante o encontro, o pastor da Igreja Evangélica Congregacional em Angola(IECA) Inácio Fundão defendeu a necessidade de se dedicar maior atenção na construção das vias de comunicação, a continuidade do programa de estancamento das ravinas em progressão, bem como o aumento das rotas dos transportes públicos.
Já o pastor Lourenço Sambambi sugeriu a expansão das escolas técnicas a nível da província, de modo a evitar a fuga de quadro nos municípios, bem como o reforço do policiamento de proximidade nos bairros periféricos.
Em resposta, o governador provincial do Moxico , Ernesto Muangala, reconheceu os problemas apresentados, proporcionados pela escassez de recursos financeiros, entretanto, garantiu existir um programa de conclusão dos projectos.
"Vamos fazer com que este quinquênio seja marcado pelas estradas, para permitir maior circulação de pessoas e bens, e resolver alguns problemas dentro das capacidades".
Na ocasião, apelou às igrejas, enquanto parceiras do Estado, a pautarem pela paz e harmonia social, assumindo um verdadeiro papel de moralizadora da sociedade.