Luanda – O secretário-geral do Conselho das Igrejas Cristãs de Angola (CICA), Vladimir Agostinho, defendeu a necessidade dos angolanos trabalharem para a construção de uma Angola assente na igualdade, justiça, livre da miséria e da pobreza que corresponde aos anseios dos cidadãos.
O religioso falava em entrevista à ANGOP que serviu para abordar os 50 anos da independência de Angola, a serem assinalados a 11 de Novembro próximo, e o Dia Mundial da Religião, 21 de Janeiro.
“Estamos em véspera da celebração dos 50 anos de independência. Precisamos agora, como país, fazer uma reflexão do que os nossos antepassados projectaram para Angola”, explicou.
Por isso, o religioso defende a preservação de uma Angola pacificada, onde os angolanos não olham para cores partidárias ou convicções religiosas, mas que percebam que todos precisam de olhar para este país.
“Todos precisam de olhar para Angola, porque ela está acima de cada um de nós”, realçou Vladimir Agostinho, para quem cada cidadão deve se colocar no lugar de actor para a construção da nação.
Lembrou que o país já passou por momentos muito dolorosos, pelo que as conquistas alcançadas nos mais variados sectores têm de ser preservadas para que as próximas gerações não venham a sofrer.
Para si, ao se colocar no lugar de actor, os cidadãos vão entender a importância dos bens que o país tem, na sua maioria adquiridos com muito sacrifício dos angolanos.
Por outro lado, falou dos desvios comportamentais da sociedade. “Em muitos momentos, nós chamamos a atenção do povo angolano, em particular, que os bens que destruímos não pertencem somente ao governo, mas ao povo”, salientou.
Assim, defendeu a necessidade de preservação dos bens públicos, como forma de legado para as próximas gerações.
Sobre o Dia Mundial da Religião, disse que visa promover o diálogo e o respeito em todo o mundo à diferença das crenças, envolvendo todas as religiões que têm como objectivo a bondade, já que na história do mundo muitas guerras foram motivadas por estas crenças.
O religioso disse que têm interagido com o Governo angolano, no sentido da melhoria das políticas públicas voltadas à vida do cidadão.
Conforme Vladimir Agostinho, a igreja tem incentivado o Executivo angolano no prosseguimento de políticas que reflictam as reais necessidades do povo angolano.
O 21 de Janeiro foi instituído em Dezembro de 1949, numa Assembleia Religiosa Nacional dos Bahá'ís, uma região monoteísta fundada pelo líder Bahá'u'lá em meados do século XIX, na Pérsia.
A independência de Angola foi proclamada a 11 de Novembro de 1975, pelo nacionalista António Agostinho Neto que, na sequência, tornou-se no primeiro Presidente da República. AB/OHA