Malanje- O Centro masculino de acolhimento de crianças sem cuidados parentais, órfãs e abandonadas, afecto à igreja católica, localizado no sector de Dori e Lombe, 13 quilómetros a oeste da cidade de Malanje, foi reinaugurado hoje, terça-feira.
A instituição de caridade agraciada com o nome de “Dom Benedito Roberto”, em homenagem ao malogrado Arcebispo Metropolita de Malanje, figura que se bateu para a sua reabilitação, vai acolher cerca de 200 petizes de e na rua, dos 4 aos 17 anos de idade.
A reabilitação das infra-estruturas contou com financiamentos do Programa de Investimentos Públicos (PIP), Banca, empresas privadas e de pessoas singulares, abrangendo a construção de uma escola de 10 salas de aula do ensino primário ao 1º ciclo, uma residência para professores, centro infantil com 24 quartos, refeitório e uma capela.
O referido Centro encontrava-se inoperante há algumas décadas devido ao avançado estado de degradação, tendo beneficiado de obras de reabilitação e ampliação este ano, depois de sucessivas interrupções por questões financeiras.
O corte da fita, coube ao governador provincial, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” e ao arcebispo metropolitano de Malanje, Dom Luzizila Kiala.
Na ocasião Dom Luzizila Kiala fez um breve historial sobre a missão de Dori e Lombe criada em 1949 e agradeceu pela reabilitação e ampliação do mesmo, porquanto vai de certa forma ajudar a formar crianças que hoje se encontram na rua e abandonadas.
Referiu que a missão de Dori e Lombe já formou muitos quadros que hoje ocupam cargos de destaque na sociedade angolana, facto que deve ser reconhecido por se tratar da concretização de um interesse antigo da igreja.
Por sua vez, o governador provincial, Norberto dos Santos considerou um feito muito importante que a província alcança, uma vez que a instituição vai acolher sobretudo crianças mendigas e abandonadas pelas famílias, numa altura em que conta já com 50 petizes internados, recolhidos nas ruas da cidade de Malanje.
Acrescentou que a inauguração do Centro de Acolhimento Dom Benedito Roberto marca o início do processo de retirada das crianças de rua e na rua, tendo apelado a sociedade para o apoio material e financeiro, para que a unidade possa funcionar condignamente.