Huambo – O rei do Huambo, Artur Moço, defendeu, esta quinta-feira, um maior envolvimento da sociedade no combate cerrado aos falsos terapeutas de medicina tradicional e natural, para a salvaguarda do bem-estar da população.
O rei falava num encontro de actualização e organização documental destes profissionais, numa iniciativa da Câmara dos Terapeutas de Medicina Tradicional, Natural e Promotora da Saúde Reprodutiva na província do Huambo, com a participação de 150 membros.
Artur Moço disse que toda a sociedade precisa estar unida em prol do combate ao empirismo, que muitos falsos terapeutas de medicina tradicional e natural estão envolvidos, ludibriando a população com falsas promessas de cura.
Referiu que, actualmente, entre os terapeutas tradicionais do país, há muitos falsos, que exercem somente os trabalhos para saciar as suas necessidades, sem pensar no bem-estar de outrem.
O rei do Huambo sublinhou que, para se tratar da saúde de alguém, a pessoa precisa estar devidamente especializada e madura, sob pena de trazer outras consequências na vida.
Adiantou que as autoridades tradicionais desta região estão já orientadas a missão fiscalizar, nas suas zonas de jurisdição, todos os cidadãos que manuseiam plantas e ervas sem a prévia autorização.
Por seu turno, o presidente da Câmara dos Terapeutas de Medicina Tradicional, Natural e Promotora da Saúde Reprodutiva da província do Huambo, Adelino Sandambongo, disse que o encontro visou, entre outros, dar o início formal da actualização documental dos membros, para a legalização de todos os profissionais.
Considerou importante que todos que exerçam a actividade nos marcos da Lei, de modo a não serem surpreendidos, durante o exercício das funções, pelas forças de defesa e segurança.
O responsável lamentou a existência de falsos terapeutas tradicionais, que insistem em extorquir e enganar a população com promessas de curas de diversas doenças, com o fim único de enriquecimento ilícito.
Pediu formação contínua dos filiados em diversas áreas do saber, para melhor desenvolvimento das suas actividades, como a dosagem nas plantas, chás e outras receitas, sem qualquer transformação química.
A câmara conta com mais de mil e 500 membros, entre terapeutas, parteiras, naturopatas e farmacêuticos de medicina tradicional, Região Centro do país, que corresponde às províncias do Huambo, Bié, Benguela e Cuanza-Sul. ZZN/JSV/ALH