Ondjiva – Dezasseis crianças foram vítimas de violência no Cunene, no primeiro trimestre do ano em curso, menos sete em relação a igual período de 2021, segundo dados prestados pela Direcção do Instituto Nacional da Criança (INAC).
Em declarações hoje, quarta-feira, à ANGOP, o chefe da Secção de Protecção à Criança do INAC no Cunene, Macuntina Samuel, fez saber que o diálogo permanente com os pais e encarregados de educação está na base da redução da violência contra menores.
Segundo a responsável, durante o primeiro trimestre, ocorreram 14 encontros de auscultação e aconselhamento que envolveram tutores e crianças vítimas de violência. Foi também realizada uma palestra subordinada ao tema ‘Os direitos da criança’, da qual participaram 74 alunos do I ciclo.
Macuntina aconselhou os pais que não dão assistência aos filhos, desde alimentação, educação, saúde, registo de nascimento, a ter mais responsabilidade e a mudar de atitude, uma vez que, não fazendo isso, estarão a violar os 11 compromissos da criança.
Incentivou ainda a sociedade a denunciar os casos de violência infantil que ocorrem nas comunidades, como física, psicológica e verbal, com vista a proporcionar o bem-estar físico e emocional da criança.
Os casos de violência chegaram ao INAC através de 14 denúncias dos vizinhos, dos quais 15 foram resolvidos a favor dos menores, com destaque para a fuga à paternidade, abandono de criança, violência sexual e negligencia.
A província do Cunene conta com uma Rede Provincial de Protecção à Criança, que se ocupa da dinamização das actividades de combate e prevenção da violência contra menores nas famílias.