Cubal - O avanço significativo de algumas ravinas pode cortar, a curto prazo, a via que liga a sede municipal do Cubal, na província de Benguela, à localidade da Capupa, constatou a ANGOP, esta quinta-feira.
O problema começa logo a cerca de vinte quilómetros da saída do Cubal para a Capupa, onde a ponte sobre o rio Halo encontra-se em perigo iminente de desabar, devido a uma ravina em progressão junto ao muro de betão (protecção), num dos lados daquela estrutura.
Transeuntes apelam para intervenção urgente com um trabalho de engenharia civil, devido ao perigo causado pela erosão que vai tornando o buraco cada vez mais profundo e largo.
A 50 quilómetros dali, está outra ravida que, no ano passado, derrubou por completo um antigo ponteco que ali existia.
O administrador do Cubal, Paulino Banja, informou que a Administração teve de mobilizar pessoal para fazer um atalho com troncos e terra batida, para facilitar a passagem de motorizadas e veículos ligeiros.
"Enquanto isso, continua o trabalho de entulho do buraco com pedras para conter a ravina", informou.
Por outro lado, no caminho para Yambala, outra antiga comuna do Cubal, está uma ravina com quase dois metros que tem causado muitos transtornos para a circulação nos dois sentidos.
Testemunhas confirmaram vários acidentes, incluindo a de um mototaxista com um veículo de três rodas (caleluia) que, por falta de visibilidade, caiu naquele buraco, tendo sido levado ao hospital municipal do Cubal para tratamento.
Destaque também para a ponte sobre o rio Cubal, onde existe uma represa inoperante há varios anos.
Trata-se da barragem do Dungo, cujas águas abastecem o vale do Cavaco na cidade de Benguela.
Segundo Paulino Banja, a intenção da Administração era fazer ali um trabalho de engenharia, de modos a reter as águas e abrir as comportas apenas quando houvesse necessidade para evitar o desperdício.
Em resposta a estas preocupações, o governador Manuel Nunes Júnior assegurou que "há recursos disponíveis".
Prometeu enviar responsáveis para o terreno para terem o comando da situação e o Governo províncial coordenar.
"Há um conjunto de investimentos que têm de ser feitos para que as antigas comunas tenham as condições necessárias para funcionar", afirmou.
O governador manifestou a sua indignação pelo facto de se gastar cerca de duas horas para percorrer 61 quilómetros para sair do Cubal à Capupa, devido ao excesso de buracos e ravinas na via. TC/CRB