Luena – A ravina do bairro Aço, que ameaça “corroer” a cidade do Luena, face às últimas enxurradas, poderá ser intervencionada no âmbito do Fundo Rodoviário e Obras de Emergência, sob égide do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território.
As fortes chuvas que se fizeram sentir nas últimas 72 horas, capital do Moxico, no Luena, aceleraram a progressão da ravina em mais de 10 metros de largura, dos 32,6 metros largura e 358 metros de comprimentos até então existente.
Nem mesmo as três intervenções paliativas feitas nos anos anteriores evitaram que a ravina ficasse a dois quilómetros de destruir as infra-estruturas sociais da cidade, com destaque para o edifício dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, emissora local da Rádio Nacional de Angola (RNA).
Em declarações hoje (sexta-feira) à Angop, no Luena, o vice-governador do Moxico para os Serviços Técnicos e Infraestruturas, Wilson Augusto, informou que neste momento decorre um encontro de análise e prospeção entre uma equipa do governo local e técnicos do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território.
Localizada na zona sul (baixa) da cidade do Luena, no bairro Aço afluem as águas das chuvas vindas de todas as direcções, que desembocam no rio Luena, por via do esgoto que passa pela mesma ravina.
O responsável tranquilizou que, enquanto decorre estudos para estancamento definitivo da ravina, “temos que fazer trabalhos paliativos para evitar que não aconteçam problemas piores e é o que estamos a fazer trabalhos”.
Sem avançar os valores a gastar na empreitada, afirmou as obras definitivas devem ser feitas por uma empresa com capacidade técnica elevada e meios à altura, ao mesmo tempo que desencorajou a população a construir nas zonas de risco.
Dados oficiais de até 2019 indicam que a província tem mais de 21 ravinas, sendo que três delas (dos bairros 4 de Fevereiro, Caminina e Zorró) já beneficiaram de intervenção com trabalhos de engenharias.