Dundo - Uma ravina, em progressão, ameaça destruir alguns edifícios da zona 1 da Centralidade do Mussungue, na província da Lunda Norte.
A ANGOP constatou esta quarta-feira que a referida ravina já atingiu uma das ruas que dá acesso aos edifícios e , em função das fortes chuvas que se abatem nos últimos dias na região, a sua progressão pode acelerar e afectar os prédios.
A mesma já danificou uma das valas de drenagem na zona 1 e está a corroer o asfalta.
Face à situação, a governadora da Lunda Norte, Deolinda Satula Vilarinho, visitou o local e garantiu que esforços estão a ser envidados para uma intervenção urgente.
Disse que a empresa contratada para o estancamento da referida ravina dispensou os trabalhadores, retomam o trabalho em Janeiro próximo, altura em que a empreitada terá o seu início.
Enquanto se aguarda, estão a ser mobilizados meios, junto das empresas de exploração de diamantes e de construção civil, para uma intervenção paliativa, numa medida de se travar a progressão da mesma e a consequente destruição de algunas edifícios.
Por outro lado, disse que o governo pondera evacuar moradores dos edifícios mais próximos da ravina para locais mais seguros, enquanto decorrerem os trabalhos paliativos.
A província da Lunda Norte tem catalogadas 30 ravinas, que deverão ser estancadas em 2023.
A Centralidade do Mussungue, implantada a sudoeste da Cidade do Dundo, conta com 419 edifícios, cinco mil e quatro apartamentos, 153 espaços comerciais e é composta por apartamentos de tipologia T4 e T5.
Concebido para albergar cerca de 30 mil pessoas, o projecto, cuja primeira fase se encontra subdividida em sete zonas, sendo seis habitacionais e uma de equipamentos sociais, possui um hospital, com 95 camas, uma creche, com 24 salas , e uma escola, para mil e trezentos alunos.
Os apartamentos já concluídos, a albergarem mais de 15 mil pessoas, representam a primeira fase do projecto, que prevê 20 mil fogos, a serem construídos de forma faseada.