Benguela - A segunda fase do projecto de gestão comunitária de água para as populações das zonas rurais foi lançada hoje, quarta-feira, na cidade de Benguela, soube a ANGOP.
O projecto vai beneficiar comunidades onde existem chafarizes e bombas manuais para retirar água do subsolo, bem como prevê a reparação das bombas inoperantes.
Lançado pela directora nacional do Departamento Nacional de Mobilização Social do Ministério da Energia e Água, Ana Maria Peliganga, a iniciativa vai estender-se, posteriormente, às zonas onde serão construídas infra-estruturas de abastecimento desse líquido às comunidades.
Para concretização dessa iniciativa, a responsável referiu que será necessário, primeiro, a mobilização social, para sensibilizar a população a proteger os referidos bens, de modo a que não venham a ser alvo de vandalismo.
Para o efeito, revelou que está aprazada para 2023, um ciclo de formação dos gestores das insfra-estruturas já existentes ou a serem construídas.
"A nível das comunidades rurais vai se constituir grupos de trabalhadores que vão velar pelas questões de água e saneamento, que serão remunerados pela própria comunidade através dos valores arrecadados. Sessenta por cento será para os trabalhadores e 40 para o fundo de manutenção dos equipamentos”,disse.
Por seu turno, o director do Gabinete Provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos do Governo de Benguela, Fernando Ekuma, garantiu a recuperação dos furos de água já existentes nas comunidades e aldeias.
“O que se pretende é que as comunidades se sintam parte do projecto”, enfatizou.
O diretor explicou que o projecto está na sua fase embrionária, daí ter sublinhado que se está na fase de levar conhecimento à população.
“Vamos distribuir manuais de instrução aos cidadãos, de forma a passarem as informações nas zonas onde residem”, acrescentou.
Recordou que na primeira fase, a província de Benguela não havia sido beneficiada.
O acto de lançamento da segunda fase do projecto de gestão comunitária de água contou com a participação de directores municipais de energia e água, entidades religiosas, Organizações Não Governamentais (ONG) e membros da sociedade civil.