Matala - O projecto de abastecimento de água da Matala já permitiu, no último ano, a concretização de 520 ligações domiciliares, que estão em fase de experimentação, fruto da nova central de captação, tratamento e distribuição de água potável do município.
A estação de captação, construída no rio Cunene, tem uma capacidade de 100 metros cúbicos/hora de água, quantidade bombeada para estação de tratamento com a mesma dimensão, bem como 40 fontenários construídos nos bairros, pese embora nos bairros alguns já foram vandalizados.
A central entrou em funcionamento em finais de Agosto de 2022, embora a obra tenha começado em 2014, mas viveu um interregno de cinco anos, por problemas financeiros, retomando em 2019 e está orçada em dois mil milhões de kwanzas.
A iniciativa, tutelada pelo Governo Central, através do Ministério de Energia e Águas prevê instalar, ao todo, mais de mil ligações domiciliares que se juntarão às 250 existentes da era colonial e prevê beneficiar mais de 60 mil famílias da cidade e da periferia.
Em declarações à ANGOP, o administrador municipal-adjunto para Área Técnica, Infra-estruturas e Serviços Comunitários na Matala, Anaximandro Adriano, afirmou que para além das ligações domiciliares, parte dos moradores dos bairros Cahululu, Calumbiro, Colonato, 11 de Novembro e da sede municipal já beneficiam da água do projecto, através dos fontanários.
Disse que nos próximos dias entrar-se-á na segunda fase, que vai contemplar a parte de cima da vila, onde estão a desenvolver a nova cidade da Matala, nos bairros Miguel Vicente, parte do Cahululu, Reserva Fundiária e o outro lado do Calumbiro.
Referiu ser uma fase do projecto que não vai contemplar ligações, mas a bombagem, sistema de tratamento e levar ao reservatório, pelo que a administração vai encarregar-se de fazer as ligações, dependendo das condições locais.
Anaximandro Adriano salientou que o objectivo é satisfazer os interesses da população, pelo que o foco vai recair às zonas fora da vila, para fazer chegar água às populações com outros projectos de abastecimento em locais fora do casco urbano não abrangidos.
Para responder às necessidades actuais da Matala, segundo a fonte, seriam necessários 250 a 300 metros cúbicos/hora, sendo o actual investimento a primeira fase e abrange, somente, o caso urbano da vila.
O município da Matala dista a 180 quilómetros a leste da capital huilana e tem uma população estimada em 345 mil 398 habitantes, é o segundo mais populoso da província, depois do Lubango. EM/MS
