Lubango – Três mil, 887 famílias, que correspondem a 18 mil 282 pessoas no Toco, a 35 quilómetros do Lubango, na Huíla, serão, até 2025, inseridas em 10 projectos e 27 subprojectos do Programa de Desenvolvimento Comunitário da Fundação Ngana Zenza, liderada pela Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço.
Trata-se de um projecto-piloto da Fundação criada em 2020, cujo período de execução é de três anos (2023-2025), sendo que os primeiros 18 meses são considerados fase-piloto, onde será avaliada e com base nos resultados expandir para outras zonas.
Na primeira fase estão seleccionados mil e 041 famílias do sector do Toco, das aldeias de Camiombo, Camutcha, Ngongo, Ombala Yo Múcua, Mapundi I e II. Já para a fase de expansão entrarão as restantes duas mil 846 famílias das aldeias de Mungundo, Meva Yela, Tchimpaca, Muholi, Mapundi III, Hanga I e II.
A acção, primeira da fundação, visa contribuir para a melhoria das condições de vida das populações mais vulneráveis do sector do Toco, por via de uma abordagem multissectorial, integrada e inclusiva de desenvolvimento comunitário sustentável, que promova a plena participação das famílias e a interacção com outros actores.
O projecto assenta sob cinco pilares, designadamente o reforço das instituições locais com o empoderamento das lideranças comunitárias, das mulheres e o reforço da administração local; acesso aos serviços sociais básicos – educação, alfabetização, saúde, água, saneamento básico, electricidade e cidadania.
O outro foco está na melhoria da qualidade de vida das famílias, com habitação condigna, alimentação regular saudável; a redução do impacto da acção humana sobre o ambiente, mediante o desenvolvimento de fogões melhorados, educação ambiental e reflorestamento, assim como a promoção da economia local com infra-estruturas de apoio à produção, diversificação das fontes de renda e geração de emprego.
No lançamento da sua primeira obra, a patrona da Fundação Ngana Zenza e Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, sublinhou que o desenvolvimento comunitário integrado e sustentável tem um propósito de dotar as comunidades de capacidades para que consigam resolver os seus problemas.
Fez saber que para a implementação do projecto foi feito um prévio diagnóstico da localidade desde 2019, para aferir quais eram os principais problemas da comunidade e que soluções a mesma indicava.
“Este diagnóstico, infelizmente, por causa da pandemia demorou algum tempo, foi actualizado em 2022 e com base nele, iniciamos a preparação do Programa de Desenvolvimento Integrado e Comunitário (PDIC) da povoação do Toco”, sublinhou.
A Fundação, acrescentou, defende valores de dignidade, da ética, da responsabilidade, solidariedade, inclusão, inovação, respeito, justiça e partilha, tendo sido esta a base da sua visão.
A patrona da Fundação Ngana Zenza disse ser este um ensaio e o primeiro que está a fazer, para depois, em função dos resultados, partilhar noutras localidades da província e do país, pois acredita ser um programa que vai mover vontades e a sensibilidade das pessoas.
Constituída a 20 de Fevereiro de 2020, a Fundação Ngana Zenza desenvolve, entre outros, os projectos “Tata Uhayele” (Cuide da sua saúde, em umbundo), que consiste em levar cuidados de saúde primários às populações mais necessitadas através de carruagens clínicas ferroviárias no corredor Lobito-Luau.
O propósito é fazer chegar as carruagens clínicas às comunidades das províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, com particular atenção ao atendimento a crianças, adolescentes e mulheres.
Outra iniciativa da Fundação é a Plataforma “Dikota_E6.0”, disponível em www.dikota.ao, que tem por objectivo valorizar e captar experiências, sensibilizando a sociedade para a promoção da solidariedade entre gerações e o envelhecimento activo, assim como a educação e a formação.
Nesta sexta-feira, a Primeira-Dama manterá contacto com a comunidade beneficiária, na localidade do Toco.