Ramiro - Trezentos e 50 milhões de Kwanzas é o valor provisório dos prejuízos registados, depois do incêndio de grandes proporções que consumiu, na madrugada de domingo, o mercado do Kifica, Benfica (Talatona), em Luanda.
Num balanço provisório, realizado esta segunda-feira, pela Administração do Distrito Urbano do Benfica, o administrador da circunscrição, Braudílio Vaz, revelou que foram consumidos mais de 65 por cento das estruturas físicas do mercado e a zona mais afectada foi a de venda de material de construção.
Segundo o administrador, nesse momento, uma comissão de peritos, coordenada por especialistas do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), está a trabalhar para apurar as reais causas do sinistro, bem como os prejuízos definitivos.
O incêndio afectou, maioritariamente, os sectores de venda material de construção (tintas, cabos eléctricos e tubos hidráulicos pvc), roupa usada, colchões de espuma, calçados, utensílios domésticos, informático, didáctico e alimentos.
Braulídio Vaz disse que farão um cadastramento de todos vendedores afectados para ser encaminhado às autoridades do município e da província.
Reacções
Domingas António, vendedora no mercado desde a sua construção, em 2005, lamentou a perda de um negócio de mais de dois milhões de kwanzas.
A negociante de material de construção (material eléctrico) disse à ANGOP estar arrasada, pois o mercado era a única fonte de sustento para a família.
Já Teresa Cadiege, vendedora de roupa usada, manifestou-se incrédula pelo sucedido, pois perdeu mais de um milhão de kwanzas em negócio.
Apelou o apoio das autoridades para recomeçar o negócio, já que não possui outra fonte de renda.
Entretanto, o porta-voz do Comando Provincial do SNPCB, Faustino Minguês, informou à ANGOP que, para a extinção do incêndio foram empregados 175 efectivos, dos quais 45 especialistas dos bombeiros, cinco viaturas pesadas de extinção de incêndio e de apoio.
O governador da província de Luanda, Manuel Homem, manifestou, domingo, solidariedade para com os vendedores do mercado do Kifica.
"Com calma, mais logo, faremos um balanço dos prejuízos e de que soluções imediatas devemos tomar. A minha solidariedade a todos os vendedores do mercado do Kifica”, concluiu Manuel Homem.
O mercado do Kifica, construído em 2005, numa área de 14 mil metros quadrados. Tinha capacidade de 600 vendedores no interior da estrutura.