Lisboa (Da correspondente) - O director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT), Filomeno Fortes, apontou esta quinta-feira, em Lisboa, como prioridade do mandato 2024 a 2028 o prosseguimento de trabalhos com os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no domínio da formação e investigação científica.
Segundo o médico angolano, a continuidade dos trabalhos visa engrandecer, cada vez mais, os estados membros da CPLP.
Filomeno Fortes falava à imprensa após a cerimónia de tomada de posse para o segundo mandato como director do IHMT.
O responsável reafirmou que o instituto está preparado para continuar a apoiar a CPLP e a implementar projectos relevantes com todos os países membros da comunidade, principalmente na área da formação e da investigação.
Referiu que neste momento, o instituto conta com 35 estudantes angolanos a frequentarem o mestrado e doudoramento.
Realçou ainda o facto de o instituto ter tido, em 2023, a oportunidade de fazer uma formação com a Academia BAI, um MBA de gestão em saúde, finalizado a 10 de Dezembro último.
Destacou o apoio ao doutoramento em ciências biomédicas, da Universidade Agostinho Neto, e o mestrado em parasitologia médica, com a universidade Katyavala Buila.
Filomeno Fortes foi reeleito para um novo mandato de quatro anos, na sequência de um concurso internacional.
Filomeno Fortes, que lidera o Instituto desde 2019, propõe-se ainda em reforçar a internacionalização e a cooperação do Instituto a nível da OMS e dos países da CPLP, Europa e África.
Ao longo da sua carreira exerceu em Angola, entre outros cargos, director nacional de Controlo de Endemias, chefe de Departamento Nacional de Controlo de Doenças e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto.
O IHMT actua nos domínios da formação, investigação e da prestação de serviços à comunidade.
Em Angola, a instituição tem protocolos de parceria com as Universidades Agostinho Neto, Katyavala Buila, a Universidade Privada de Angola (UPRA) e com o Hospital Agostinho Neto, na província da Huíla.
Filomeno Fortes é mestre em saúde pública, doutorado em ciências biomédicas e especialista em malária.
Fundado em 1902 como Escola de Medicina Tropical, o actual IHMT - quarta instituição do seu género a ser criada no mundo, dedica-se ao ensino e à investigação em saúde pública, medicina tropical, ciências biomédicas e epidemiologia, com especial incidência na ligação com os países de língua oficial portuguesa. EJM/OHA