Ondjiva - A coordenadora adjunta do Comité dos Direitos Humanos na província do Cunene, Sara Tulikeni, apelou, esta sexta-feira, para maior denúncia da população sobre os casos relacionados com a violação dos Direitos Humanos.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Internacional de Defesa de Direitos Humanos, disse que as denúncias são a melhor forma para se acabar com a impunidade.
Fez saber que durante o ano em curso o comité registou apenas cinco casos de denúncia, dos quais dois homicídios, duas suspeitas de tráfico de seres humanos e uma agressão física.
Esclareceu que os homicídios foram praticados por parentes das vítimas, enquanto os tráficos, envolvia 24 jovens transportados do Cuvelai para supostamente trabalharem numa pedreira e serrilharia em Luanda e outros 23 jovens para Namíbia
Disse que graça a denúncia da população, houve a pronta intervenção das forças de defesa e segurança que abordaram a tentativa.
A responsável disse que o número de denúncias não espelha os casos de violações praticados na região.
“Muitos dos casos não chegam a nós e quando vamos nos aperceber já é um pouco tarde, mas aqueles que chegam temos estado a trabalhar com os órgãos afins para poder responsabilizar os autores”, disse.
Admitiu que muitos cidadãos não sabem da existência desta instituição, razão pela qual, estão a trabalhar na promoção e divulgação.
“O comité é recente e requer mais acções de educação e sensibilização das comunidades, para que a população ganhe a cultura de denúncia, em caso de violação.
Entretanto, disse que a região dispõe de comité provincial e seis municipais, pretendendo para o próximo ano de 2023 empossar os comités comunais.
Alunos esclarecidos sobre dignidade da pessoa humana
Alunos do Magistério da ADPP no Oifidi foram esclarecidos, durante uma palestra, sobre a dignidade da pessoa humana à luz da declaração universal dos direitos humanos.
A palestra que marcou a abertura da jornada do 74º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, visou despertar os estudantes sobre a necessidade da prevenção, salvaguarda e promoção dos direitos humanos.
Na ocasião, o orador Neto Braga Tchipungo disse que a acção visou a promoção dos direitos humanos, para que os alunos tenham bases de conhecimento
“Objectivo e dar a conhecer as noções básicas do que é o ser humano, como sujeito da sociedade” e permitir que em caso de violações não se calem e ajudar as comunidades a denunciar estas práticas.
Na mesma senda, efectivos do comando municipal da Polícia Nacional do Cuanhama, abordaram aspectos sobre “o direito à filiação enquanto direitos humanos”.
O programa inclui ainda visita de auscultação aos reclusos do estabelecimento prisional do Peu Peu e debate radiofónico sobre o direito à imagem e presunção de inocência.
O Dia Internacional dos Direitos Humanos foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas a 4 de Dezembro de 1950, com objectivo de celebrar a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada em 10 de Dezembro de 1948.