Huambo - Mais de cinco mil plantas de estupefaciente (liamba) cultivadas numa área de, aproximadamente, três hectares, foram destruídas, segunda-feira, pela Polícia Nacional no município do Huambo, sede da província com o mesmo nome, soube a ANGOP.
De acordo com o comandante da corporação no município do Huambo, superintendente-chefe António Manuel Katuta, em declarações à imprensa, a destruição do campo de cultivo de liamba, na aldeia de Epalanga, comuna da Calima, resultou de uma denúncia, pois a produção era feita junto à cultura do milho, para ludibriar as autoridades.
Sem revelar o número dos envolvidos na infracção, o oficial superior informou que o desmantelamento do produto, que devia ser comercializado em vários pontos da província do Huambo e no município do Chinguar (Bié), contou com a colaboração do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Assegurou que a corporação continuará a trabalhar para pôr fim à plantação de liamba pelos camponeses e desencorajará os cidadãos que enveredam pelo comércio e consumo do mesmo, através do policiamento de proximidade, encontros com as comunidades e da realização de acções operativas combater este mal que enferma a sociedade.
Apelou os camponeses a não praticarem a plantação de liamba nos campos, aconselhando-os a maior empenho nas actividades agrícolas, em detrimento da produção de estupefacientes.
Por seu turno, o soba da localidade, Ernesto Passile, agradeceu a pronta intervenção da Polícia Nacional na destruição das plantas de liamba, cuja comercialização poderia aumentar, a qualquer momento, os índices de criminalidade em várias localidades da província do Huambo e não só.
Recorda-se que o SIC na província do Huambo destruiu, em Novembro de 2022, 210 quilogramas de liamba e cinco mil 335 plantas do mesmo produto, apreendidas ao alongo do ano transacto, com 179 detidos.