Lubango – O Comando Provincial da Polícia Nacional, da Huíla, vai convocar, em breve, os comerciantes, no sentido de rever e adoptar medidas preventivas para a guarda e o transporte de dinheiro, para prevenir crimes violentos.
Na última semana, os habitantes do município do Lubango ficaram chocados com a violência praticada por alguns delinquentes, cujo alvo foi empresários e comerciantes, que por si só, tomaram a iniciativa de levar avultadas somas em dinheiro aos bancos, sem a devida segurança, o que configura crime, pois é proibida a circulação de altas somas monetárias fora do sistema financeiro.
Segundo o comandante provincial, comissário Divaldo Martins, não é vocação da Polícia escoltar o transporte de dinheiro privado, ainda assim, tendo em conta o valor e os riscos associados a essas operações, a corporação está a preparar uma reunião com a comunidade comerciante, sobretudo armazenistas, cujo modus operandi é a venda por dinheiro sonante, para delinear estratégias preventivas.
O oficial superior apela à comunidade empresarial a olhar para os factores de risco, assim como para os comportamentos que configuram perigo e facilitam os crimes.
“Nós fizemos um trabalho, ainda esta semana, e verificamos que na Zona Industrial há armazéns que fazem muito dinheiro, mas guarnecidos por um único segurança e há até casos em que um único indivíduo guarda cinco unidades, alguém sem treinamento e sem arma de fogo, são situações que, naturalmente, são aproveitadas pelos malfeitores”, elucidou.
O mais recente caso foi do armazenista eritreu, de 37 anos de idade, morto a tiro em plena via pública, no dia cinco de Fevereiro, na zona industrial do Lubango, ao resistir a um assalto quando transportava 36 milhões de kwanzas, para depositar num banco.
A um outro cidadão angolano foi roubada a quantia de 12 milhões, nas imediações do mercado paralelo do Mutundo, o maior a céu aberto da região sul, que ficou ferido após ter sido baleado nos membros inferiores.
A Zona Industrial do Lubango, o Mercado do Mutundo e o do Quilómetro 40, assim como pequenos armazéns retalhistas do centro, a maior parte operados por libaneses, eritreus e mauritanos, são as zonas mais sensíveis, pela percepção que se tem da movimentação de altas somas monetárias. MS