Sumbe – Pelo menos 64 armas de fogo diversas foram recolhidas de forma coerciva, entre Janeiro e Junho do corrente ano, na província do Cuanza-Sul, no âmbito do processo de desarmamento da população civil, soube a ANGOP.
De acordo com o relatório semestral da Polícia Nacional distribuído, esta terça-feira, à imprensa, com a presente recolha coerciva, houve o aumento de 31 armas em relação ao igual período de 2023.
Entre o material bélico apreendido coerscvamente, constam 22 caçadeiras, 17 AKM, 16 pistolas, duas SKS, igual número de carabinas, mini-uze, galile e uma Aka-ché.
As armadas foram recolhidas nos municípios da Cela, Libolo, Sumbe, Amboim, Porto Amboim, Quibala, Cassongue, Seles, Ebo, Ebo e Quilenda.
Do desarmamento voluntário da população civil, lê-se, foram entregues 18 armas de fogo, das quais sete caçadeiras, cinco AKM, duas carabinas, igual número de G3, uma RPK e outra arma Pepecharra, 25 cartucheiras, 12 carregadores, 746 munições nos municípios da Cela, Libolo, Sumbe, Amboim, Porto Amboim, Quibala e Cassongue, Seles, Ebo e Quilenda.
Desde o ínicio do processo de desarmamento, em Março de 2008 até à presente data, foram foram registadas sete mil 640 armas diversas.
Perto de quatro mil 721 armas foram entregues voluntariamente e outras duas mil 919 recolhidas coercivamente.
Os números da criminalidade
O Comando da Polícia Nacional no Cuanza-Sul esclareceu, entre Janeiro e Junho do corrente ano, 64 por cento dos crimes registados, de um global de 564 delitos.
O relatório semestral considera o ambiente de segurança, ordem e tranquilidade públicas ao longo do periódo em balanço de estável, conhecendo uma redução de 132 crimes em relação ao igual período 2023.
Do cometimento dos crimes, pelo menos 564 cidadãos entre 16 e 63 anos, foram preventivamente detidos, um aumento de 90 indivíduos, destes 278 por cumprimento de mandados.
Conforme o documento institucional, dos crimes constam, entre outros, 305 contra o património, 149 contra as pessoas, 15 contra o narcotráfico, dois contra o Estado e 13 contra o consumidor e mercado.
Como resultado,564 cidadãos, entre os 16 e 63 anos de idade, foram detidos preventivamente, mais 90 comparativamente aos primeiros seis meses de 2023.
Durante o período em balanço, foram remetidos mil 172 processos, mais 11 em relação a 2023, ao gabinete do magistrado do Ministério Público sendo 631 para legalização, 282 para Fiscalização e 259 para apreciação.
De igual modo, lê-se, foram submetidos 111 processos a julgamento sumário, com o envolvimento de igual número de réus, 93 dos quais condenados e 18 absolvidos por insuficiência de provas, ocorridos nos municípios do Sumbe, Libolo, Porto Amboim, Conda e Cela.
De acordo com o relatório da Polícia Nacional, foram realizadas 103 acções de proximidade às comunidades, 41 das quais no âmbito do Programa “Comunidade Segura”.
Acidentes de viação
Segundo o relatório, nos primeiros seis meses do corrente ano, foram registados 237 acidentes de viação (menos 116 em relação ao igual período anterior), com 101 mortos, 280 feridos e danos materiais avaliados em 622 mil milhões 215 milhões Kwanzas.
Os atropelamentos representaram 34 por cento, seguindo-se das colisões entre veículos automóveis e motociclos, com 18 por cento do total de sinistros rodoviários.
Entretanto, o especialistas de Trânsito e Segurança Rodoviária apontam a velocidade excessiva, as ultrapassagens irregulares, a condução sob influência de bebidas alcoolicas, as manobras perigosas, o mau estado técnico dos veículos e as mudanças irregulares de direcção, como as principais causas dos acidentes. LC/ALH